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Brasil A deputada federal Cristiane Brasil disse que o “machismo” a impediu de assumir o Ministério do Trabalho

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A parlamentar disse que "caçada" a impediu de assumir o Ministério do Trabalho. (Foto:Reprodução/TV Câmara)

Em seu primeiro discurso aos colegas depois de ter tido cancelada sua nomeação para o Ministério do Trabalho, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) disse ter sido vítima de “virulência e machismo” e alvo de uma “caçada” que a impediu de assumir o cargo.

“Apesar de a Constituição garantir a prerrogativa exclusiva do presidente na indicação de seu ministério, essa prerrogativa foi suspensa em primeira instância por uma ação, no meu entendimento, inconstitucional. Nesse tempo que aguardamos um posicionamento do STF [Supremo Tribunal Federal], muitas questões foram levantadas a meu respeito sem que eu tivesse direito ao devido contraditório. Fui agredida com virulência e machismo, tive minha dignidade atacada violentamente sem qualquer respeito à minha família, amigos, eleitores e o povo brasileiro, que não pôde ter conhecimento da minha parte da verdade. Fui vítima de uma verdadeira caçada. E aqui deixo uma indignação. Se o indicado fosse um homem teria sido alvo do mesmo tipo de caçada?”, indagou.

A deputada se comparou com outros pessoas que, segundo ela, não tiveram a “vida devastada” ao serem nomeadas para uma ministério:

“Eu não vi outros personagens que assumiram outros ministérios, principalmente homens, terem sua vida devastada com a mesma virulência que tive. Por isso, acredito que fui vítima de tamanha agressividade, basicamente por ser mulher. E mais, por ser uma mulher tentando fazer um bom trabalho na atividade política”, acrescento.

Em janeiro, a posse de Cristiane Brasil no Ministério do Trabalho foi suspensa pelo juiz Leonardo da Costa Couceiro, da 4ª Vara Federal de Niterói (RJ). Ele atendeu ao pedido de um grupo de advogados trabalhistas que contestou a nomeação pelo fato de a parlamentar ter sido condenada em um processo trabalhista movido por dois ex-motoristas. À época, o juiz considerou que a nomeação da deputada feria o princípio constitucional da moralidade administrativa.

Uma longa novela judicial se seguiu desde então. Cristiane chegou a conseguir uma decisão favorável no STJ (Superior Tribunal de Justiça), mas a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, barrou a posse pouco antes do horário marcado para o evento. Como Cármen não sinalizou quando levaria o caso a julgamento no plenário o PTB e o governo desistiram da indicação.

No discurso da tarde desta terça-feira (6), a deputada anunciou um projeto que insere novos artigos no Código Eleitoral Brasileiro para penalizar a “violência política” cometida contra as mulheres. O texto defende pena de reclusão para quem realizar violência às candidatas, a políticas eleitas ou às mulheres que estão no exercício de cargo político. São considerados atos violentos pela deputada a perseguição, ameaça, agressão, seja física ou psicológica.

Vestida com uma camiseta que trazia as inscrições “Grrrl Pwr!” — uma referência ao termo “Girl Power” utilizado para exaltar o poder feminino —, a deputada citou outros casos que considera como de violência contra mulheres no cenário político, como hostilidades sofridas pela presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann.

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https://www.osul.com.br/deputada-federal-cristiane-brasil-disse-que-o-machismo-impediu-de-assumir-o-ministerio-do-trabalho/ A deputada federal Cristiane Brasil disse que o “machismo” a impediu de assumir o Ministério do Trabalho 2018-03-06
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