Por Redação O Sul | 3 de maio de 2025
A mãe da deputada federal Marussa Boldrin (MDB), de 34 anos, que denunciou ter sido enforcada e jogada no chão pelo ex-marido, contou que a filha não deixava transparecer as agressões. Leila Boldrin pontuou que ficou sabendo sobre o ocorrido após a parlamentar expor a violência doméstica que sofria.
“Fiquei sabendo que aguentava tempestades violentas e não deixava transparecer nada para os filhos. Ela sempre foi porto seguro para eles e para nós, hoje é a nossa vez de ser porto seguro para ela”, destacou.
A deputada denunciou publicamente o ex-marido Sinomar Vaz de Oliveira Júnior, com quem teve um relacionamento de nove anos, como autor de agressões físicas, verbais e psicológicas contra ela.
Em carta aberta publicada no Instagram na última segunda-feira (28), Marussa relata as violências sofridas, que começaram assim que ela teve a primeira filha, hoje com sete anos. “Não cabe amor onde existe violência. Eu sobrevivi”, escreveu.
Leila disse ainda que admira a filha, primeiro, por sua força de vontade e energia para trabalhar. Ela mencionou que passou a admirar um outro lado de Marussa, que conheceu após a parlamentar relatar que sofreu agressões físicas e abuso psicológico.
“A Marussa corajosa que demonstrou que ela consegue e pode sim ser voz de muitas que estão sofrendo o que ela sofreu. Eu tenho muito orgulho de tudo que minha filha faz, falo com o coração cheio, se algum dia eu fui exemplo para ela, hoje ela que é exemplo para mim”, declarou.
Entenda o caso
Segundo relata Marussa, a primeira agressão física ocorreu em 2023, logo após sua posse como deputada, mas por vergonha ela optou por não denunciar o então marido. Quando sofreu o segundo espancamento, em 2025, a deputada afirmou ter procurado uma delegacia em Brasília, registrado um boletim de ocorrência, realizado exame de corpo de delito e pedido uma medida protetiva com base na Lei Maria da Penha contra Sinomar Vaz de Oliveira Júnior.
Em entrevista concedida à TV Anhanguera, Marussa também relatou que as agressões aumentaram quando tentou se separar de Oliveira Júnior, e que o então marido a enforcou e a jogou no chão. “Ele me bateu muito. Ele me bateu com tapa, com soco na cara, enforcando meu pescoço. Me jogou no chão por várias vezes”, relatou.
O advogado ficou proibido de manter contato e se aproximar menos de 300 metros de distância de Marussa e de seus familiares (medida que não se aplica aos dois filhos do casal).
Em nota, a defesa do ex-marido da deputada, Sinomar Vaz de Oliveira Júnior, afirmou que o processo de divórcio está sendo conduzido na Justiça sob segredo legal. O texto reforçou que assuntos familiares delicados devem ser tratados com ética e discrição, não em redes sociais.
