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Economia Deputados aprovam isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês

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Proposta também prevê o aumento da taxação de alta renda. (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

A Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para aqueles com salários mensais de até R$ 5 mil. A proposta também prevê uma redução na carga tributária para quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7.350, além da criação de uma alíquota mínima voltada aos contribuintes com ganhos superiores a R$ 50 mil.

A votação expressiva, com 493 votos a favor e nenhum contra, representa uma vitória para o presidente de Luiz Inácio Lula da Silva. A medida é uma promessa do petista na campanha de 2022 e que ele pretende usar como bandeira eleitoral no ano que vem, quando tentará a reeleição.

O plano do Palácio do Planalto é que a isenção do IR valha para a declaração do IR já em 2026, ano eleitoral. Para isso, será preciso que o Senado aprove o texto ainda neste ano.

A medida chegou ao plenário com pontos pacificados, como a isenção até R$ 5 mil e o desconto gradual para quem ganha até R$ 7,35 mil. Ainda havia dúvidas, no entanto, sobre qual seria a compensação da medida. Estimativas preliminares apontam impacto de cerca de R$ 30 bilhões anuais.

Esse impasse foi resolvido pelo relator do projeto Arthur Lira (PP-AL) durante reuniões que fez com parlamentares do Centrão. Ele, porém, fez poucas concessões no texto e rejeitou quase a totalidade das 99 emendas sugeridas por deputados, acatando apenas três.

— Entenda o que muda:

* Isenção até R$ 5 mil

O eixo da proposta é a isenção total para quem recebe até R$ 5 mil mensais. O governo estima que 10 milhões de contribuintes sejam beneficiados. Nos cálculos do relator, esse número sobe para 16 milhões quando se inclui também a faixa de quem ganha até R$ 7.350.

* Faixa de transição até R$ 7.350

Para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350, haverá desconto progressivo. Ou seja, pessoas nessa faixa de renda vão pagar menos imposto do que hoje, mas não ficarão totalmente isentas. Esse ponto foi uma concessão de Lira, que elevou o teto em relação à proposta original do governo, de R$ 7 mil.
Alíquota mínima para altas rendas

Pessoas físicas com renda anual superior a R$ 1,2 milhão passarão a pagar uma alíquota mínima de 10%. O objetivo é evitar que contribuintes de altíssima renda usem brechas, deduções ou planejamentos tributários para escapar da cobrança.

* Tributação de lucros e dividendos remetidos ao exterior

Lucros e dividendos enviados a sócios ou empresas no exterior, quando superiores a R$ 50 mil por mês, também passarão a ser tributados com uma alíquota gradual de IR na fonte, que chega em 10% para quem somar R$ 1,2 milhão por ano. O dispositivo atinge grandes companhias com sócios fora do país. Até dezembro de 2025, contudo, haverá regra de transição.

* Mecanismo contra bitributação

O relatório incluiu um redutor para evitar bitributação. Se a soma de IR de pessoa física, de pessoa jurídica e de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) ultrapassar a carga efetiva devida, o contribuinte terá direito a abatimento. Foi uma forma de atender à pressão de setores empresariais, que temiam sobreposição de cobranças.

* Compensação a Estados e municípios

Governadores e prefeitos exigiram garantias de que não perderiam receita. Por isso, o projeto obriga a União a repassar automaticamente recursos, por meio do Fundo de Participação dos Estados e do Fundo de Participação dos Municípios, cobrindo eventuais perdas na arrecadação do IR.

* Uso de superávit para reduzir a CBS

Se a arrecadação com dividendos e altas rendas superar o necessário para a compensação, o excedente poderá ser usado para reduzir a alíquota da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), tributo criado pela reforma tributária que vai substituir PIS e Cofins.

De acordo com o governo, a tributação mínima só impactará 141,4 mil pessoas, 0,13% de todos os contribuintes do País. A ideia de estabelecer uma porcentagem mínima de IR é aumentar o percentual da renda de super ricos sujeito à taxação, que acaba sendo menor do que a classe média, porque parte dos seus ganhos vem de rendimentos isentos ou tributados de forma vantajosa, como os dividendos.

A alíquota do IR aumenta conforme a renda. Pela tabela atual, quem ganha até R$ 3.036 por mês está isento. Depois, a cobrança vai de 7,5% a 27,5%. A maior faixa começa com rendimentos superiores a R$ 5.830,85. Segundo o governo, os contribuintes que estarão sujeitos ao imposto mínimo pagam hoje uma alíquota efetiva de IR de 2,54%. Com a nova medida, passarão a ter alíquota efetiva média de apenas 9%. (Com informações do jornal O Globo)

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