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Mundo Deputados dos Estados Unidos aprovaram uma moção de repúdio aos comentários racistas de Donald Trump

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Trump havia recorrido em junho de uma decisão que impedia ele de gastar o dinheiro. (Foto: Reprodução/Twitter)

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, de maioria democrata, aprovou, na terça-feira (16), uma moção de repúdio ao presidente Donald Trump, autor de uma série de mensagens consideradas racistas e xenofóbicas contra quatro deputadas democratas. O texto aprovado reforça a ideia de que imigrantes e seus filhos também fazem parte dos EUA, e que aqueles que conseguiram a cidadania são americanos sem qualquer distinção. A proposta passou com 240 votos a favor e 187 contra. Entre os deputados que votaram a favor estão quatro republicanos e um independente. As informações são do jornal O Globo e de agências internacionais e notícias.

Logo depois do voto, o democrata Al Green apresentou um pedido de impeachment de Trump, o terceiro feito pelo deputado nos últimos dois anos. No entanto, a Câmara dos Deputados votou nesta quarta-feira (17) para efetivamente derrubar por ora a resolução de impeachment contra o presidente norte-americano, mas sem enterrar a questão que tem dividido democratas. A Câmara votou por 332 votos a 95 para derrubar a medida.

Horas antes, Trump havia retomado seus ataques contra Rashida Tlaib, Ilhan Omar, Alexandria Ocasio-Cortez e Ayanna Pressley. No Twitter, repetiu o que parece ser o seu novo mote de governo: “Quem não estiver feliz nos EUA, pode ir embora”.

A frase foi dita e publicada três vezes nos últimos dias – e o seu teor lembra discursos entoados por ditadores em vários países e épocas históricas. No Brasil, o “ame-o ou deixe-o” foi um dos símbolos da ditadura militar de 1964 a 1985. Trump ainda diz que as deputadas possuem um discurso “anti-EUA”, acusação igualmente vista em regimes de exceção.

Os ataques tiveram origem em uma disputa interna no Partido Democrata sobre um pacote de emergência para tratar do fluxo imigratório na fronteira com o México, de US$ 4,6 bilhões. A presidente da Câmara, a democrata veterana Nancy Pelosi, defendeu a aprovação do plano aprovado pelo Senado de maioria republicana, recebendo críticas das quatro deputadas, incluindo uma insinuação feita por Ocasio-Cortez de que ela poderia ser racista.

Cortez, uma das mais vocais críticas de Donald Trump, rapidamente negou as insinuações, mas foi o suficiente para que o presidente saísse em defesa de Pelosi, sua antiga adversária. A partir daí, as palavras foram pessoais, sem filtros e com muitos retuítes. Em uma das postagens mais criticadas, o ocupante da Casa Branca disse para as deputadas “voltarem para ajudar os lugares quebrados e infestados pelo crime de onde elas vieram”.

Das quatro, apenas Ilhan Omar é nascida no exterior, na Somália, mas chegou aos EUA ainda criança e é cidadã americana. Rashida Tlaib é filha de pais palestinos, Alexandria Ocasio-Cortez é filha de mãe nascida em Porto Rico, um território dos EUA e cujos cidadãos, desde 1917, são cidadãos americanos. A negra Ayanna Pressley possui pais e avós nascidos nos EUA.

Onda de críticas

Não apenas o fato das deputadas serem cidadãs americanas, mas também a maneira como Donald Trump se referiu a elas, provocou uma onda de críticas. A começar por Nancy Pelosi, que rapidamente classificou as declarações de “racistas” e, na segunda-feira, disse que as deputadas eram “suas irmãs”. O deputado democrata Bob Menendez disse lamentar que Trump use declarações “racistas e intolerantes para ganho político”. Já o deputado Jim McGovern disse que não importa o partido, se a pessoa fizer declarações racistas “ela deve ser condenada”.

Trump ainda recebeu reprovações vindas do exterior. A premiê demissionária do Reino Unido, Theresa May, disse que o presidente usou uma linguagem “completamente inaceitável”, em um tom similar ao dos candidatos à sua sucessão, Boris Johnson, que é próximo a Trump, e Jeremy Hunt. Nenhum deles, contudo, usou o termo “racismo”.

As palavras mais incisivas vieram do prefeito de Londres e velho desafeto de Trump, Sadiq Khan, que disse ter ouvido algo similar vindo de “de racistas e fascistas, mas nunca de um político de primeiro escalão”.

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https://www.osul.com.br/deputados-dos-estados-unidos-aprovaram-uma-mocao-de-repudio-aos-comentarios-racistas-de-donald-trump/ Deputados dos Estados Unidos aprovaram uma moção de repúdio aos comentários racistas de Donald Trump 2019-07-17
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