Sábado, 27 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Deputados estaduais do Rio de Janeiro querem investigação sobre Flávio Bolsonaro

Compartilhe esta notícia:

Flávio voltou a acusar o Ministério Público do Rio de Janeiro de vazar dados sigilosos. (Foto: EBC)

Deputados estaduais do Rio de Janeiro avaliam encaminhar à Corregedoria da Assembleia Legislativa uma representação contra o colega Flávio Bolsonaro (PSL), senador eleito e filho do futuro presidente do País, Jair Bolsonaro. A medida é baseada na revelação, pela imprensa, de que ao menos oito funcionários que passaram pelo gabinete do parlamentar fizeram depósitos na conta de outro ex-assessor de Flávio, o subtenente da Polícia Militar Fabrício Queiroz.

Investigações do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) revelaram uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhãona conta de Queiroz no período entre 1º de janeiro de 2016 a 31 janeiro do ano passado. Desse total, R$ 116.556 foram transferidos por assessores que trabalharam para Flávio em algum momento. A suspeita é de que o grupo tenha sido obrigado a abrir mão de parte de seus salários.

A investigação poderia também servir de base a uma denúncia ao Ministério Público. Flávio Bolsonaro, Queiroz e os assessores ainda não são alvo de investigações. O MPF (Ministério Público Federal) ressaltou que a identificação de movimentação atípica do policial militar não configura um ilícito por si só.

A representação à Corregedoria, que está sendo discutida por representantes de partidos de esquerda, seria o primeiro passo para a abertura de um processo contra o deputado no Conselho de Ética do Legislativo fluminense. Essa medida, porém, teria um efeito mais político do que prático, já que em fevereiro Flávio Bolsonaro deixará de assumirá uma cadeira no Senado.

Servidores

Uma das filhas de Fabrício Queiroz, Nathalia Melo de Queiroz estava lotada no gabinete de Flávio até dezembro de 2016, com um salário de R$ 9.835. No período relatado pelo Coaf, ela fez depósitos que totalizaram R$ 84.110 e ­ uma transferência de R$ 2.319,31. Depois que saiu do gabinete, Nathália foi servidora de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados e deixou o cargo no mesmo dia em que o pai pediu exoneração do gabinete de Flávio. ­

Já a mulher de Queiroz, Marcia Oliveira de Aguiar, exerceu cargo de consultora parlamentar do gabinete de Flávio, com salário bruto de R$ 9.835, entre 2 de março de 2007 a 1º de setembro  de 2017. Ao marido, o repasse em dinheiro foi de R$ 18.864. Em transferências, o valor chegou a R$ 18,3 mil.

Na lista também há três funcionários que aparecerem na última folha de pagamento da Assembleia Legislativa do Rio disponibilizada no site da Casa, a de setembro deste ano. Queiroz recebeu de Raimunda Veras Magalhães, de acordo com o relatório, R$ 4,6 mil. Ela aparece na folha da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro com um salário líquido de R$ 5.124.

Quem também aparece na folha é Jorge Luis de Souza, cujo salário líquido em setembro de 2016 foi de R$ 4.847. Conforme o Coaf, o depósito dele foi de R$ 3.140. Outro depósito, de R$ 3.542, veio de ­Luiza Souza Paes, que foi funcionária do gabinete de Flávio em 2012. Depois, ela exerceu outras funções no Legislativo fluminense. Consta ainda transferências eletrônicas num total de R$ 7.684.

Queiroz recebeu transferência eletrônica de R$ 3,2 mil de Marcia Cristina Nascimento dos Santos, que, em fevereiro de 2016, aparecia na folha de pagamento da Assembleia com um salário líquido de R$ 5.160. Wellington Servulo da Silva, que aparecia na folha de fevereiro de 2016 com salário líquido de R$ 4.847, fez transferência num total de R$ 1,5 mil.

Agostinho Moraes da Silva, que aparece com salário líquido de R$ 6.787, fez um depósito de R$ 800. Procurado por jornalistas, ele disse que trabalhou com Fabricio e que pagava ao ex-assessor quando esse “tirava serviço” para ele em seu lugar. Não explicou, porém, qual era o tipo de serviço, resumindo-se a dizer: “O resto vai ser esclarecido no inquérito”.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Mulheres que acusam o médium João de Deus avaliam entrar na Justiça
Denúncias contra o médium João de Deus repercutem na imprensa internacional
https://www.osul.com.br/deputados-estaduais-do-rio-de-janeiro-querem-investigacao-sobre-flavio-bolsonaro/ Deputados estaduais do Rio de Janeiro querem investigação sobre Flávio Bolsonaro 2018-12-09
Deixe seu comentário
Pode te interessar