Terça-feira, 29 de abril de 2025

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Desafios para 2024: sede do G-20, Brasil terá que buscar equilíbrio para propor agenda internacional

Compartilhe esta notícia:

Combate à desigualdade, reforma do sistema de governança global e o desenvolvimento sustentável foram eleitos como eixos centrais do G-20.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Combate à desigualdade, reforma do sistema de governança global e o desenvolvimento sustentável foram eleitos como eixos centrais do G-20. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O governo brasileiro chega a este novo ano focado na Cúpula do G-20 que promete ser, ao mesmo tempo um desafio e uma oportunidade para política externa.

Enquanto isso, terá que lidar ainda com algumas pendências que se arrastam desde o ano passado. É o caso do acordo de livre comércio do Mercosul com a União Europeia e da crise na fronteira norte entre a Venezuela e Guiana.

“O Brasil tem a possibilidade de passar o discurso para ação”, destaca a diretora do programa de Estudos Brasileiros da Universidade de Oxford, Laura Trajber Waisbich. “A presidência do G-20 reafirma a capacidade de liderança de um país, que é ainda uma potência aspirante, mas que está entre as maiores economias do mundo”, acrescenta.

O grupo tem ganhado relevância à medida em que o modelo de multilateralismo das Nações Unidas se mostra limitado diante dos grandes conflitos. E o País que o ocupa a presidência tem o poder de pautar as discussões como fez a Índia, no ano passado, com a defesa da transição digital e do desenvolvimento sustentável, movido por energias renováveis.

O Brasil dará continuidade ao tema, que está entre as prioridades da sua própria política externa. Junto com o combate à desigualdade a reforma do sistema de governança global, o desenvolvimento sustentável foi eleito como um dos eixos centrais do G-20 enquanto o País se prepara, em paralelo, para receber a COP, a conferência da ONU para o Clima, em 2025.

No momento em que o foco da política externa está dentro de casa, Lula deve reduzir o ritmo de viagens, depois de passar o equivalente a dois meses do primeiro ano de mandato fora do Brasil.

Especialistas corroboram que as viagens foram importantes e tiveram um saldo final positivo, apesar das polêmicas. “O esforço de recolocar o Brasil no mundo, olhando para trás, foi bem sucedido”, avalia Laura Trajber Waisbich.

“No sentido de retomar o protagonismo nos temas em que o país tem de fato credibilidade, mas também de normalizar a participação brasileira nos espaços – a nível bilateral e multilateral – e, para além disso, colocar o Brasil como ator capaz de ser propositivo”, conclui ela citando como exemplo as iniciativas na área ambiental, como a Cúpula da Amazônia.

Enquanto isso, reuniões técnicas e ministeriais serrão divididas entre as cinco regiões do País e vai preparar terreno para a Cúpula dos chefes de Estado e Governo do G-20, marcada para ocorrer entre os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.

“O Brasil tem sido proativo”, afirma o diplomata e ex-embaixador em Washington Roberto Abdenur. “A diplomacia brasileira terá muito trabalho no ano que vem e precisará equilibrar esse ímpeto de movimento com o equilíbrio em relação a questões sensíveis, como as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza”, acrescenta.

Justamente porque estará concentrado no G-20, o Brasil decidiu não exercer a presidência rotativa do Brics este ano e trocou com o país que seria o próximo da fila, a Rússia. A reunião será em Kazan, cidade que virou uma espécie de polo diplomático de Moscou para o Oriente. Lula ainda não confirmou presença.

Uma “pendência” que ficou de 2023 é o acordo de livre comércio do Mercosul com a União Europeia. O Brasil tentou concluir a negociação que se arrasta há duas décadas na cúpula do bloco sul-americano mês passado no Rio de Janeiro.

O problema foi que a Argentina, no apagar das luzes do governo Alberto Fernández, resistiu em assinar o acordo faltando apenas três dias para a posse de Javier Milei, que questionou a existência do próprio Mercosul em campanha. Apesar da frustração, tanto os sul-americanos como os europeus confirmaram que houve avanço e que ainda pretendiam fechar o acordo em breve.

Na saída da Cúpula no Rio, o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, disse que a conclusão ainda seria possível entre janeiro e fevereiro.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

No primeiro dia útil do ano, Porto Alegre volta a enfrentar transtornos por causa da chuva
Entre notas com acusações e repúdios, Confederação Israelita do Brasil e a deputada federal Gleisi Hoffmann trocam críticas com origem em decisão judicial envolvendo jornalista
https://www.osul.com.br/desafios-para-2024-sede-do-g-20-brasil-tera-que-buscar-equilibrio-para-propor-agenda-internacional/ Desafios para 2024: sede do G-20, Brasil terá que buscar equilíbrio para propor agenda internacional 2024-01-02
Deixe seu comentário
Pode te interessar