Por Redação O Sul | 26 de abril de 2019
Segundo a história, o maior desastre nuclear do mundo aconteceu em Chernobyl em 1986. Hoje, 26 de abril, completam-se 33 anos que a nuvem de radiação se espalhou pela cidade ucraniana de Pripyat onde ficava a usina nuclear. No local, operadores da usina realizavam testes com o reator 4 com a intenção de observar o comportamento do reator quando utilizado em baixos níveis de energia. Para isso, uma série de regras de segurança indispensáveis precisaram ser quebradas.
Os funcionários do local, envolvidos no teste, interromperam a circulação do sistema hidráulico que controlava a temperatura do reator. Com o superaquecimento, o reator explodiu causando um incêndio que posterior a explosão liberou uma grande nuvem de fumaça radioativa com Urânio-235. A cidade ficou devastada, e até hoje a zona de exclusão segue fechada, porém atraí turistas do mundo inteiro.
Conforme relatório divulgado pelas Nações Unidas levantam que 4 mil pessoas morreram, ou ainda irão morrer por estarem expostos a radiação existente no local até hoje. De acordo com o Greenpeace, mais o desastre fez mais de 200 mil vitimas diretas ou indiretas.
O ocorrido em Chernobyl liberou uma quantidade letal de Urânio que superou em quatrocentas vezes as bombas nucleares usadas para atacar as cidades de Hiroshima e Nagasaki, durante a Segunda Guerra Mundial. Uma mega operação foi realizada para descontaminação do local, com mais de 600 mil trabalhadores. Foram necessárias que 45 mil pessoas fossem prontamente retiradas do local.
Riscos em Chernobyl existem até hoje, apesar de atrair muitos turistas e equipes de reportagem curiosas para visita a cidade abandonada. Até hoje, 33 anos depois, o governo da Ucrânia tenta reverter a situação. Uma equipe de projetistas trabalha na construção de um Novo Confinamento de Segurança. O objetivo é isolar definitivamente a usina nuclear e o solo contaminado.
Realmente a história do grande desastre no Leste da Europa choca o mundo até hoje. Estudos científicos mostram que as pessoas atingidas com os altos níveis de radiação sofrem uma série de enfermidades. E pior, elas são transmitidas de geração em geração. A maioria dos descendentes das vitimas apresentam anomalias genéticas e problemas congênitos.
O canal de televisão HBO estreia no próximo mês, no dia 06, a série “Chernobyl” que irá narrar a história do acidente. A série tem direção de Craig Mazin (Uma Ladra Sem Limites) e será estrelada Stellan Skarsgård (Thor) e Emily Watson (Kingsman: O Círculo Dourado).
