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Por Redação O Sul | 20 de dezembro de 2019
Beneficiada por setores como comércio e serviços, a criação de empregos com carteira assinada no Rio Grande do Sul atingiu em novembro o seu melhor nível para o mês desde 2012. Conforme o Ministério da Economia, o saldo foi de 12.257 postos de trabalho, em terceiro no ranking brasileiro do período, atrás de São Paulo (23.14o), Rio de Janeiro (16.922) e à frente de Santa Catarina (10.026).
O desempenho gaúcho nesse item foi resultado da diferença entre as 90.678 contratações e as 78.421 demissões registradas no período. Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta semana apontam, ainda, que quatro dos oito setores considerados pela pesquisa tiveram “superávit” de vagas formais: comércio (6.065), agropecuária (3.955), serviços (3.449) e serviços industriais de utilidade pública (83), que abrangem energia e saneamento.
Enquanto isso, o resultado oficial foi negativo (mais desligamentos do que admissões) para o Rio Grande do Sul nos seguintes setores: administração pública (23 empregos a menos), estração mineral (-38), construção civil (-317) e indústria de transformação (-917).
Já no acumulado de janeiro a novembro deste ano, a economia gaúcha gerou 38.471 empregos adicionais com carteira assinada, também se contabilizada a diferença entre admissões e demissões.
Em termos regionais, a Região Sul igualmente apresentou saldo positivo, na vice-liderança nacional. Foram 28.995 novos postos: 12.257 no Rio Grande do Sul, 10.026 em Santa Catarina e 6.712 no Paraná. No topo está o Sudeste (51.060), enquanto o Noredeste (19.824) está em terceiro e o Norte (4.491) em quarto. Na “lanterna” aparece o Centro-Oeste, com desempenho negativo (-5.138) durante o décimo-primeiro mês do ano.
Nível nacional
Considerando-se o País todo, novembro teve salvo positivo de 99.232 vagas formais de trabalho, resultante da diferença entre 1.291.837 contratações e 1.192.605 demissões. Já no que se refere ao acumulado desde janeiro, 2019 registrou a criação de 948.344 postos, melhor nível para o mês desde 2010 (138.247) e 10,5% acima do verificado no mesmo período do ano passado.
A criação de empregos em novembro, no entanto, acabou se concentrando em poucos setores. Na divisão por ramos de atividade, apenas três dos oito setores pesquisados criaram mais empregos formais do que eliminaram. Os campeões foram o comércio (106.834) d serviços (44.287 postos). Em terceiro lugar, mas distantes do topo, aparecem os serviços industriais de utilidade pública (419 postos).
O nível de emprego caiu na indústria de transformação (-24.815), agropecuária (-19.161) e construção civil (-7.390). A administração pública, por sua vez, fechou 652 postos formais, e a indústria extrativa mineral encerrou 290.
Conforme o Ministério da Economia, a geração de emprego em novembro costuma ser marcada pelo reforço no comércio para as contratações de fim de ano. No entanto, a indústria, que reforçou a produção em agosto e em setembro por causa do Natal, desacelera. A agropecuária também dispensa empregados por causa da entressafra de diversos produtos, como a cana-de-açúcar.
No comércio, a criação de empregos foi puxada pelo segmento varejista, com a abertura de 100.393 postos formais. O comércio atacadista gerou a abertura de 6.441 vagas. Nos serviços, os destaques foram venda e administração de imóveis (30.695), serviços de alojamento, alimentação, reparação e manutenção (15.839) e serviços médicos, odontológicos e veterinários (4.786).
Na indústria de transformação, puxaram a queda no emprego as indústrias de produtos químicos, farmacêuticos, veterinários e de perfumaria (-7.140 postos); de produtos alimentícios e de bebidas (-7.040 postos); têxtil e vestuário (-5.309 postos) e a indústria de calçados (-2.399 postos).
(Marcello Campos)
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