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Brasil Desde o encerramento das atividades da Avianca, preços das passagens aéreas no Brasil subiram 23%

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Passageiros devem receber alternativas de reacomodação em voos de outras companhias aéreas ou reembolso integral. (Foto: Divulgação)

A paralisação dos voos da Avianca Brasil favoreceu o ambiente para as companhias aéreas elevarem os preços das passagens. Um levantamento feito pelo Kayak, site de busca de serviços de viagem mostrou que o preço médio das passagens subiu 23% desde que a empresa em recuperação judicial começou a fazer os primeiros cancelamentos de voos, em abril. O valor médio dos bilhetes aéreos passou de R$ 1.149 para R$ 1.408.

A pesquisa comparou os preços de passagens em voos domésticos entre 14 de fevereiro e 12 de abril deste ano (antes do anúncio dos primeiros cancelamentos de voos da Avianca Brasil) com os valores apurados entre 13 de abril e 11 de junho (após o início dos cancelamentos). Os preços das passagens referem-se a viagens marcadas para o intervalo entre 01 de junho e 3 de setembro.

Os voos ligando Guarulhos a Brasília foram os que mais subiram, com alta de 64% no intervalo, para de R$ 465, em média. Voos de Guarulhos para Campo Grande subiram 50%, chegando a R$ 510. A rota ligando Guarulhos a Goiânia, por sua vez, aumentou 40%, para R$ 438, em média.

Para o analista André Castellini dificilmente os preços das passagens sofrerão redução no curto prazo. “Houve uma redução de oferta em um período relativamente curto. A Avianca tinha 13% do mercado no fim do ano passado e em menos de cinco meses vai a zero. No curto prazo, o aumento nas tarifas é irremediável para equilibrar oferta e demanda”, afirmou.

Para o analista, nos próximos meses, as rivais da Avianca devem ampliar a oferta de voos, compensando parte da redução sofrida desde abril. Mas os preços serão mais altos. Desde 2017, a Avianca operava com tarifas abaixo da média do mercado. “Essas tarifas muito agressivas se mostraram insustentáveis. Acho difícil que as concorrentes pratiquem uma política de preços semelhante. Na média, as tarifas devem ficar mais caras, mesmo após a ampliação da oferta”, disse Castellini.

No mês de maio, Gol, Latam e Azul registraram uma aceleração no transporte de passageiros em voos domésticos. As empresas associam esse movimento à suspensão da operação da Avianca, no fim do mês, e à greve dos caminhoneiros em maio do ano passado – o que tornou baixa a base de comparação. As companhias têm buscado ampliar a oferta de voos nas cidades onde a Avianca deixou de operar, aproveitando o momento favorável.

Entre as três maiores empresas aéreas do País, a Azul apresentou a maior taxa de crescimento, com um avanço de 32,8% no tráfego aéreo em maio, em comparação com o mesmo mês de 2018, chegando a 1,8 milhão de passageiros. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, o crescimento foi de 22,6%

A Azul lançou em junho voos ligando Brasília a Recife e Brasília ao Rio de Janeiro. Em maio, lançou voos ligando Guarulhos (SP) a Foz do Iguaçu (PR) e a Navegantes (SC). Todas essas rotas eram oferecidas pela Avianca Brasil.

A Gol lançou voos, mas em rotas diferentes da Avianca. A companhia anunciou neste semestre voos de Guarulhos para Cascavel (PR), Passo Fundo (RS), Vitória da Conquista (BA), Sinop (MT), Franca (SP), Barretos (SP), Araçatuba (SP), Dourados (MS) e Cabo Frio (RJ). A Gol aumentou em 7% o tráfego de passageiros em voos domésticos em maio, para 2,7 milhões de pessoas. Nos cinco primeiros meses do ano, a taxa foi de 4,9%, ante 4,4% no acumulado de janeiro a abril.

A Latam também ampliou a oferta de voos em cidades antes atendidas pela Avianca Brasil, com partidas de São Paulo para Manaus, Salvador, Navegantes (SC), Foz do Iguaçu (PR), Cuiabá, São Luís, Recife e Rio de Janeiro. A Latam registrou aumento de 6,3% no tráfego de passageiros no Brasil em maio, totalizando 2,5 milhões de pessoas. De janeiro a maio, a expansão foi de 6,3%, superior à verificada no acumulado até abril, de 4,5%.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) suspendeu cautelarmente todos os voos da Avianca no dia 24 de maio, alegando preocupações relacionadas à segurança. Procurada, a agência reguladora informou que, em relação aos direitos de pousos e decolagens (“slots”) da Avianca nos aeroportos de Guarulhos, Congonhas e Galeão, a redistribuição só será feita “em caso de suspensão definitiva das operações da empresa aérea”.

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https://www.osul.com.br/desde-o-encerramento-das-atividades-da-avianca-as-passagens-aereas-no-brasil-subiram-23-nos-precos/ Desde o encerramento das atividades da Avianca, preços das passagens aéreas no Brasil subiram 23% 2019-06-15
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