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DESDE OS TEMPOS DO BIP

A crise da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), que ciclicamente reaparece, teve o primeiro capítulo no final da década de 1970 com o lançamento de um pequeno aparelho portátil chamado BIP, que hoje é peça de museu. O dispositivo era usado para conectar pessoas na área abrangida pela rede de telecomunicações. A CEEE distribuiu muitos aparelhos para que seus técnicos se mantivessem informados sobre a necessidade de deslocamento de suas casas em atendimentos de urgência. Alguns anos depois, funcionários começaram a cobrar na Justiça o pagamento de horas extras, alegando que, além da jornada normal de trabalho, ficavam mais 16 horas à disposição da empresa. A tese foi aceita e as sentenças favoráveis provocaram rombo na estatal que, desde então, não mais se recuperou, perdendo a capacidade de investimentos.
O escritório de advocacia com reconhecida competência, que atendia a maioria dos funcionários da CEEE, tinha 20 advogados. A partir de 1996, o governo do Estado teve de realizar acordos na Justiça para parcelar o pagamento das indenizações, porque não tinha previsão das altas quantias a serem pagas e acabava surpreendido.

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