Brasil Desigualdades afetam diagnóstico precoce do câncer de mama no país
Por Redação O Sul | 7 de outubro de 2019
O Brasil deve apresentar quase 60 mil novos casos de câncer de mama em 2019, e a prevenção a consequências mais graves dessa doença com o diagnóstico precoce colide em desigualdades regionais e de escolaridade. No lançamento da campanha Outubro Rosa, nesta segunda-feira (7), do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a chefe da Divisão de Pesquisa Populacional do instituto, Liz Almeida, pediu atenção a essa disparidade e demonstrou dados.
A última Pesquisa Nacional de Saúde sobre o tema, de 2013, revela que, ), se forem levadas em conta apenas as que têm nível superior. Entre as mulheres sem instrução ou com nível fundamental incompleto, esse percentual cai para cerca de 50%, e chega a menos de 30% na Região Norte.
A pesquisadora explicou que é necessário um olhar diferente para cada caso. “Em cada região precisamos dar uma atenção diferenciada a questões como grau de informação, qual é a possibilidade de acessar os exames preventivos e o tratamento. Temos que olhar de forma desigual para uma situação de desigualdade e tratar essa situação de forma desigual. O mais importante é prestar atenção e estudar em cada região quais são os pontos mais críticos, e trazer essa população para também discutir soluções muito particulares”, destacou Liz Almeida.
Mesmo entre as capitais, há grande desigualdade na busca pela mamografia. Dados de 2018 da pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, apresentam que em Boa Vista, Rio Branco, Fortaleza e Macapá, menos de 70% das mulheres de 50 a 69 anos fizeram mamografia nos últimos dois anos. Já em Salvador, esse percentual chega a 86%, e também superam os 80% em Curitiba, Porto Velho, Palmas, São Paulo, Porto Alegre e Vitória.
