Sábado, 27 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de setembro de 2015
As desonerações de tributos concedidas pelo governo da presidenta Dilma Rousseff desde 2011 somarão cerca de 458 bilhões de reais em 2018, quando termina o atual mandato. O cálculo foi feito por auditores da Receita Federal a partir de dados públicos divulgados pelo fisco.
Se fosse para o caixa do Tesouro, o valor custearia inteiramente o Bolsa Família por 17 anos seguidos – o carro-chefe dos programas sociais dos governos petistas está orçado em 27,1 bilhões de reais neste ano, beneficiando 14 milhões de famílias.
A redução de impostos começou no governo Lula, no final de 2008, como forma de estimular o crescimento do país e compensar os efeitos da crise global. Até 2009, os benefícios foram tímidos.
A renúncia fiscal passou a ser mais intensa no ano seguinte, quando Dilma foi eleita, e explodiu em 2011, seu primeiro ano de mandato.
A Receita passou a monitorar de perto o impacto das medidas apenas em 2010, preocupada com as contas públicas. Assim, não há série histórica disponibilizada pelo fisco de 2010 para trás.
O Ministério da Fazenda estimou em 26 bilhões de reais os estímulos fiscais concedidos de outubro de 2008 a dezembro de 2009. Com mais 17,5 bilhões de reais de 2010, foram cerca de 43,5 bilhões de reais no governo Lula. As desonerações na gestão de Dilma equivalem, assim, a dez vezes as de Lula.
Foram reduzidas ou zeradas as alíquotas de tributos sobre produtos tão díspares quanto automóveis, queijo do reino, móveis e máquinas de escrever em braille. Na conta entram também isenções para aplicações financeiras. (Folhapress)