Política Despesas com cartão da Presidência dobram
Por Redação O Sul | 10 de maio de 2020
Bolsonaro sempre criticou gastos com cartões corporativos.
Foto: Marcos Corrêa/PRO cartão corporativo da Presidência da República, usado para bancar despesas sigilosas do presidente, dobraram nos quatro primeiros meses de 2020. A comparação considera a média dos últimos cinco anos. A fatura do governo Jair Bolsonaro no período foi de R$ 3,76 milhões, conforme o Portal da Transparência.
No início de 2020 as despesas foram superiores até ao que gastaram os ex-presidentes Dilma Rousseff e Michel Temer no mesmo período. O próprio Bolsonaro não gastou tanto em 2019, quando a despesa foi de R$ 1,98 milhão de janeiro a abril.
O somatório considera os pagamentos vinculados à Secretaria de Administração da Presidência da República. A secretaria é também responsável por gastos de familiares do presidente e das residências oficiais, assim como corriqueiros da Presidência.
O total de despesas da Presidência inclui gastos do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que aumentaram na mesma proporção: R$ 7,55 milhões em despesas sigilosas da Presidência da República de janeiro a abril, 122% a mais do gasto no mesmo período do último ano do governo Temer. O mais próximo disso foram os R$ 4,69 milhões (já corrigidos) gastos em 2015 na gestão Dilma.
Bolsonaro sempre criticou gastos com cartões corporativos. Também criticava o sigilo dos extratos, que hoje não são detalhados. Ainda como parlamentar filiado ao PP, em 2008, desafiou o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva a divulgar os gastos com o cartão.
Recentemente deputado Federal Elias Vaz (PSB-GO), que integra a Comissão de Fiscalização da Câmara, ingressou com um mandado de segurança no Supremo cobrando do Palácio do Planalto a divulgação dos gastos com cartão corporativo. A ministra Cármen Lúcia é a relatora do tema. Com informações dos jornais Folha e Estado de S. Paulo.
