Sexta-feira, 09 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 8 de maio de 2025
A ex-titular da Secretaria Municipal da Educação (Smed) de Porto Alegre Sônia da Rosa, um empresário e os ex-vereadores Alexandre Bobadra (PL) e Pablo Melo (MDB) estão entre os 24 indiciados pela Polícia Civil no âmbito de uma investigação sobre desvios de recursos em contratos da pasta. O esquema envolveu práticas como direcionamento de compras e pagamento de propinas, além de resultar no desperdício de livros pedagógicos, computadores e kits pedagógicos.
Com os indiciamentos, o caso passará ao Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), que pode apresentar – ou não – denúncia à Justiça. Por meio de suas defesas, todos os envolvidos negam, desde o início da apuração, que tenham participado de qualquer ato ilícito.
Pablo Melo chegou a conquistar seu segundo mandato consecutivo na Câmara Municipal no pleito de outubro do ano passado, mas sofreu dois revezes. No dia 12 de dezembro, com a inclusão de seu nome entre os investigados no caso da Smed, ele foi afastado do cargo por 180 dias.
Esse prazo se encerraria no mês que vem, mas em abril o parlamentar teve sua votação anulada por ser filho do atual prefeito, Sebastião Melo – parentesco considerado impedimento pela Justiça Eleitoral. As investigações prosseguem
Investigação
O caso entrou na mira das autoridades em meados de 2023 a partir de denúncias na imprensa apontando desperdício de livros didáticos e outros materiais em instituições de ensino e depósitos da rede municipal. O fato levou à descoberta de possível fraude com o objetivo de direcionar resultados de licitações, no ano anterior.
O esquema teria desviado mais de R$ 40 milhões de recursos destinados à educação, favorecendo empresa fornecedora da Smed. Em contrapartida pela intermediação do esquema, integrantes do Executivo e do Legislativo municipais teriam recebido vantagens indevidas.