Quinta-feira, 28 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 16 de fevereiro de 2020
A companheira do artista russo Piotr Pavlenski, que teria recebido os vídeos sexuais do político francês Benjamin Griveaux, foi detida e está sendo interrogada – informaram diferentes fontes neste domingo (16). O vazamento dos vídeos levou a renunciar à candidatura à prefeitura de Paris.
A mulher foi detida no âmbito da investigação sobre “violação da intimidade da vida privada” e “difusão sem concordância da pessoa de imagens de caráter sexual” iniciada pela Justiça francesa, acrescentou o Ministério Público de Paris.
O artista russo Pyotr Pavlenski também foi posto em prisão preventiva, neste domingo, no âmbito da investigação sobre o vazamento de vídeos sexuais de Benjamin Griveaux, ex-ministro do presidente da França, Emmanuel Macron, e que iria concorrer à prefeitura de Paris A divulgação das imagens fez Griveaux desistir da disputa eleitoral. Quem o substituirá é a ministra da Saúde, Agnes Buzyn.
Dissidente russo que obteve refúgio na França, Pavlenski foi detido no sábado à tarde para ser interrogado por um caso de “violência com armas” na noite de 31 de dezembro. A Justiça suspendeu sua detenção preventiva no caso para poder interrogá-lo a respeito dos vídeos de Griveaux. Ele assumiu a responsabilidade por sua divulgação.
Pavlenski pode ser mantido detido por até 48 horas. Material foi publicado porque o artista russo queria expor a “hipocrisia” de ex-porta-voz do Palácio do Eliseu. A companheira do artista russo, que teria recebido os vídeos do político francês, foi detida mais cedo neste domingo e está sendo interrogada. A mulher foi detida no âmbito da investigação sobre “violação da intimidade da vida privada” e “difusão sem concordância da pessoa de imagens de caráter sexual” iniciada pela Justiça francesa, acrescentou o Ministério Público de Paris.
Pavlensky é asilado político na França e, em 2017, foi assunto na imprensa francesa após atear fogo no Banco da França, na capital. Ele, supostamente, também faz parte dos coletes amarelos, movimento que começou em novembro de 2018 contra aumentos nos preços dos combustíveis, mas desencadeou demandas mais amplas e pôs em questão reformas econômicas liberalizantes empreendidas por Macron.
Ministra da Saúde é pré-candidata
O presidente francês Emmanuel Macron escolheu a ministra da Saúde, Agnes Buzyn, para concorrer à prefeitura de Paris, após Griveaux deixar a disputa devido ao escândalo sexual. A mudança é feita a pouco menos um mês da eleição, cujas pesquisas apontam um desempenho ruim para o partido do presidente, República em Marcha.
— Ela se auto-declarou candidata. Nossas equipes vão se encontrar para dar suas opiniões, o que eu acredito que vá ser positiva — disse uma fonte próxima ao partido de Macron à agência Reuters.
A candidatura de Buzyn, de 57 anos, supreendeu algumas pessoas do partido, já que ela mesmo havia se recusado a entrar na disputa pela prefeitura de Paris alegando ter uma agenda muito cheia. Atualmente, a ministra é responsável pela atuaçã contra o coronavírus no país.
— Aqui vou eu, tenho esse anseio. Vou para ganhar — disse Buzyn à AFP.