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Saúde “Dia Mundial Sem Tabaco” alerta para o aumento no número de fumantes no País

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O Brasil registrou, em 2024, o primeiro aumento de fumantes adultos desde 2007.

Foto: Divulgação/Banco Mundial/ONU
O Brasil registrou, em 2024, o primeiro aumento de fumantes adultos desde 2007. (Foto: Divulgação/Banco Mundial/ONU)

Neste sábado (31), é celebrado o Dia Mundial Sem Tabaco. A campanha deste ano ocorre em meio a uma notícia preocupante: o Brasil registrou, em 2024, o primeiro aumento de fumantes adultos desde 2007, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde.

Segundo a pasta, a proporção de adultos fumantes na população cresceu de 9,3% para 11,6%. Entre os homens, 13,8% fumam agora, contra 11,7% no ano anterior. Entre as mulheres, subiu de 7,2% para 9,8%. O levantamento foi realizado nas capitais e no Distrito Federal. Esta foi a primeira vez que o aumento foi constatado na série histórica.

A relação entre o fumo e prejuízos ao sistema respiratório tem sido explorada por diferentes campanhas de saúde e estudos científicos ao longo dos anos. Entretanto, uma pesquisa da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) revela que os perigos do cigarro ainda são subestimados em outras áreas da saúde: apenas 10% dos entrevistados identificaram o tabagismo como fator de risco para doenças cardíacas. O levantamento ouviu 2.764 pessoas em cidades como São Paulo, Osasco, Ribeirão Preto, Sorocaba, entre outras.

Esse desconhecimento acende um alerta. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 33 mil brasileiros morrem todos os anos em decorrência de problemas cardiovasculares associados ao tabaco. Fumantes têm até quatro vezes mais risco de sofrer morte súbita do que não fumantes. Trata-se, segundo a Organização Mundial da Saúde, da maior causa evitável de mortes no mundo.

“É muito preocupante! Se 90% da população não sabe do quanto o fumo faz mal ao coração e sistema vascular, então grande parte dos fumantes correm sérios riscos”, afirma a cardiologista Adriana Bellini Miola, do IMC – Instituto de Moléstias Cardiovasculares, de São José do Rio Preto.

“O mais importante é que as pessoas tenham consciência que precisam parar de fumar, pois estão sujeitas a terem sérios problemas de saúde e até mesmo risco de morte, associados aos danos dos pulmões e sistema cardiovascular”, completa a médica.

De acordo com a cardiologista, o cigarro afeta diretamente o coração ao estimular a liberação de adrenalina pelo organismo. Essa substância acelera os batimentos cardíacos, eleva a pressão arterial e aumenta a necessidade de oxigênio pelo coração.

Além disso, a adrenalina agride o endotélio, que é a camada interna dos vasos sanguíneos, deixando as artérias mais vulneráveis ao acúmulo de placas de gordura.

O impacto do fumo também prejudica o funcionamento do próprio músculo cardíaco, pois interfere no processo de contração e relaxamento do coração. Como consequência, a circulação sanguínea fica comprometida, o que aumenta o risco de problemas cardiovasculares graves.

Segundo Adriana, entre as principais doenças cardiovasculares causadas pelo tabagismo estão a insuficiência coronariana, infarto do miocárdio, aneurisma da aorta abdominal, desenvolvimento de arritmias graves e AVC (acidente vascular cerebral).

“Fumar acelera o processo conhecido como oxidação do colesterol e favorece a formação da placa de aterosclerose. A associação com outros fatores, como hipertensão e diabete, aumenta o risco progressivamente”, completa.

Não importa o tipo ou a frequência: todo cigarro faz mal à saúde. Seja tradicional, eletrônico, cachimbo ou charuto, todos trazem riscos ao organismo. A quantidade também não muda esse cenário.

“Fumar pouco ou de vez em quando também faz mal”, alerta a cardiologista.

Ela lembra ainda que o fumante passivo também está exposto ao perigo. Há estudos que apontam que conviver com quem fuma afeta o coração, além de aumentar em duas vezes o risco de câncer.

Adriana enfatiza que os benefícios de abandonar o vício são imediatos. Quando uma pessoa para de fumar, há redução de cerca de 50% no risco de infarto no primeiro ano. No entanto, o ex-fumante precisa passar uma década sem fumar para igualar aos riscos de quem nunca fumou.

“Por isso, quanto antes largar o cigarro, melhor”, diz.

Existem vários métodos que podem ser utilizados para parar o vício — desde a parada abrupta até o suporte de produtos à base de nicotina, as chamadas terapias de reposição.

“O ideal é parar completamente. Dependendo do perfil do paciente e do seu grau de dependência, o tratamento poderá incluir a associação de técnicas multidisciplinares. Podem ser utilizadas as terapias de reposição, como o uso de chicletes e adesivos de nicotina, e medicamentos específicos e antidepressivos”, relata a cardiologista.

É comum que ex-fumantes ganhem peso após largar o cigarro. Por isso, adotar uma alimentação equilibrada e incluir exercícios físicos na rotina é fundamental logo nos primeiros dias sem o tabaco. O ideal é que essa mudança venha acompanhada por orientação médica e de um profissional de educação física, para garantir mais saúde e qualidade de vida no processo de recuperação.

As informações são do portal de notícias iG.

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https://www.osul.com.br/dia-mundial-sem-tabaco-alerta-para-risco-de-mortes/ “Dia Mundial Sem Tabaco” alerta para o aumento no número de fumantes no País 2025-05-31
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