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Por Redação O Sul | 1 de junho de 2017
Dirigir e digitar no celular é como dirigir “às cegas”, a afirmação é do professor de epidemiologia dos acidentes de trânsito da UnB (Universidade de Brasília), David Duarte. De acordo com o pesquisador, as pessoas ficam com o olhar na tela do aparelho, no mínimo, 5 segundos. Nesse tempo, é como se estivessem de olhos fechados.
Duarte fez uma pesquisa sobre o assunto com 1.197 alunos que possuem carteira de habilitação. O trabalho revelou que, nos últimos três meses, 63,9% dos estudantes mexeram no celular enquanto dirigiam, 56,7% falaram ao celular enquanto estavam ao volante e 45% levaram um susto no trânsito porque estavam mexendo ou falando ao celular. “O susto é a ante sala do acidente, um quase acidente”, explica o professor.
De acordo com o Detran-DF, desde 2015, usar o celular ao volante é uma das infrações mais flagradas na capital. De janeiro a abril deste ano, 21.650 motoristas foram multados em Brasília porque usavam o aparelho. No mesmo período, em 2016, foram 19.251 multas e em 2015, 18.800.
Segundo Sá, a investigação começou na Delegacia de Roubos e Furtos de cargas com a morte de um policial. “Quantas mortes não estamos evitando com essa apreensão?”, questionou. Posteriormente, Marcelo Martins, diretor de delegacias especializadas, explicou que a arma usada no assassinato do policial em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, também foi usada num roubo de cargas. A partir do levantamento da origem da arma, começou a investigação que culminou na apreensão desta quinta.