Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 27 de setembro de 2015
A presidenta Dilma Rousseff afirmou neste domingo (27), na Cúpula da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre Desenvolvimento Sustentável, que o Brasil tem a meta de reduzir em 43% a emissão de gases do efeito estufa até 2030. O ano base, segundo ela, é 2005.
“Será de 37% até 2025 a contribuição do Brasil para a redução de emissão de gases do efeito estufa e para 2030 a nossa ambição é de redução de 43%”, afirmou a mandatária em discurso na sede de ONU, em Nova York (EUA). O Brasil deve levar essa proposta para a cúpula do clima de Paris (França), a COP 21, em dezembro.
Para Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima, o anúncio é uma indicação positiva, mas ainda com um grau de ambição insuficiente. “Se comparar com outros países que são grandes emissores, o Brasil é um dos que está se propondo a fazer mais. Mas se comparar com o que o País tem de potencial de redução de emissões, com a nossa responsabilidade e com a urgência, poderíamos ser mais ambiciosos”, comentou.
Se as propostas dos países para 2030 anunciadas até o momento forem concretizadas, o planeta ainda deve chegar a um aquecimento entre 3°C e 4°C, segundo estimativas. Para o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, o ideal seria limitar o aquecimento global a 2°C. Levando em conta que o total de emissões em 2005 foi de 2,03 bilhões de toneladas de CO2 equivalente, a meta representaria emitir 1,28 bilhão de toneladas em 2025 e 1,15 bilhão em 2030.
A presidenta também detalhou metas no combate ao desmatamento e no reflorestamento de áreas degradadas. “Até 2020, o Brasil pretende: primeiro, o fim do desmatamento ilegal no País. Segundo, a restauração e o reflorestamento de 12 milhões de hectares. Terceiro, a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas. Quarto, a integração de 5 milhões de hectares de lavoura-pecuária-floresta”, disse a governante.
Durante o pronunciamento, Dilma enfatizou a importância da COP 21. “A Conferência de Paris é uma oportunidade única de construirmos uma resposta comum ao desafio global de mudanças do clima”, opinou. (G1)