Quinta-feira, 09 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de dezembro de 2015
A presidenta Dilma Rousseff começou a se articular com aliados para evitar o afastamento do cargo. O Palácio do Planalto e o PT decidiram usar frentes políticas e jurídicas diferentes para tentar barrar o impeachment da mandatária. Uma das táticas do governo será buscar o apoio dos movimentos sociais e conversar com os governadores.
O PT iniciou o processo de encaminhar ao STF (Supremo Tribunal Federal) pedidos para que a abertura do impeachment seja anulada, sob a argumentação de que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) cometeu abuso de poder. O pedido protocolado nesta quinta-feira (03), no entanto, foi rejeitado pelo ministro Gilmar Mendes.
Na manhã de quinta, Dilma se reuniu com o vice-presidente Michel Temer e com os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Edinho Silva (Comunicação Social). À tarde, ela convocou 23 dos 31 ministros do governo para uma reunião no Palácio do Planalto.
Após esse encontro, Wagner, um dos principais conselheiros políticos da presidenta, falou que Dilma tem “muita pressa” para resolver a questão do impeachment. Segundo ele, o encontro serviu para “socializar a compreensão de todos sobre esse episódio e mobilizar todos os ministros, os partidos e as bases sociais”.
Outra estratégia que será adotada pelo Planalto é marcar encontros, já a partir da próxima semana, entre Dilma e governadores, começando pelos que a apoiam. Segundo Wagner, os nove governadores do Nordeste assinaram uma nota defendendo a legitimidade do mandato da petista. (AG)