Segunda-feira, 20 de outubro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Dilma teria cogitado deixar o PT no auge da crise

Compartilhe esta notícia:

A presidenta teria se comprometido a não se envolver na disputa por sua sucessão, em 2018 (Foto: Alan Marques/Folhapress)

A presidenta Dilma Rousseff cogitou se licenciar do PT e propor a composição de um governo suprapartidário no momento em que a fratura entre ela e a cúpula do seu partido se tornou exposta, em dezembro do ano passado, segundo o jornal Folha de S.Paulo. As conversas sobre um afastamento formal da legenda à qual é filiada há 15 anos ocorreram em meio aos debates sobre qual posição os deputados do PT deveriam adotar no Conselho de Ética da Câmara sobre o processo que pode levar à cassação do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Até então, o Planalto tentava convencer os três deputados petistas que integram o colegiado a votar pelo fim da investigação sobre Cunha, para evitar que ele deflagrasse o impeachment. O PT reagiu. O presidente da sigla, Rui Falcão, pressionou publicamente seus deputados a votarem contra o peemedebista. O fim do impasse é conhecido: Cunha perdeu no conselho e, ato contínuo, acolheu um pedido de afastamento da petista.

O descompasso entre os interesses do Planalto e os da cúpula do PT nunca tinha ficado tão evidente, embora ambos os lados dessem sinais de fadiga há tempos. A crise política e econômica e os desdobramentos constantes da Operação Lava-Jato desgastaram a relação entre Dilma e a sigla.

Diversos dirigentes da cúpula petista diziam que a presidenta era a responsável por “afundar” a sigla, deixando em segundo plano os escândalos de corrupção que levaram à cadeia quadros importantes, como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

Entre os petistas, havia a avaliação de que o partido não deveria mais compartilhar “o desgaste” do governo Dilma, que vinha defendendo o ajuste fiscal proposto pelo ex-ministro Joaquim Levy (Fazenda), considerado severo, ortodoxo e inadequado pela direção do PT. Houve, naquele momento, quem defendesse o descolamento completo entre a legenda e o governo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, ainda acreditava em Dilma. A aliados, Lula confidenciou seus objetivos: salvar sua biografia, a imagem do PT e então o governo da presidente. Mas já admitia que, caso fosse preciso, lutaria para salvar o projeto do partido. Sem ela.

Foi nesse cenário que Dilma ventilou a possibilidade de se afastar do PT. A ideia era sinalizar na direção de uma gestão na qual partidos de oposição e da base aliada poderiam, juntos, encontrar saídas para a crise. A presidenta também se comprometeria a não se envolver na disputa por sua sucessão, em 2018.

A tese foi debatida dentro do Palácio do Planalto e com parlamentares da base aliada e do próprio PT. Foi consenso que a estratégia até poderia render um suspiro de alívio, mas poderia também ser o atalho para o isolamento completo de Dilma. Ela, então, preferiu não arriscar. (Folhapress)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

O preço da gasolina nas bombas subiu pela 14ª vez seguida
As lojas de free shop pediram ao governo o aumento da cota de compras de cada brasileiro de 500 para 900 dólares. Mas a Receita Federal é contra
https://www.osul.com.br/dilma-cogitou-deixar-o-pt-no-auge-da-crise-no-fim-do-ano-passado/ Dilma teria cogitado deixar o PT no auge da crise 2016-02-01
Deixe seu comentário
Pode te interessar