Quarta-feira, 26 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de agosto de 2015
A presidenta Dilma Rousseff deveria permanecer no cargo, apesar dos pedidos de impeachment, afirmou ontem o jornal financeiro britânico Financial Times em editorial. O texto, intitulado “O descontentamento crescente no Brasil com [Dilma] Rousseff”, apontou que a presidenta está em uma “posição precária” devido à economia e ao escândalo de corrupção alimentado pelas revelações da Operação Lava-Jato, mas defendeu que ela termine seu mandato.
Segundo o texto, se Dilma for afastada, será provavelmente substituída por outro “político medíocre”, que tentaria implementar as mesmas medidas de estabilidade econômica dela.
A popularidade da presidenta Dilma tem caído, influenciada pela economia e corrupção, e registrado níveis históricos, segundo institutos de pesquisa. Dilma diz que não renunciará e que cumprirá o mandato para o qual foi eleita democraticamente.
Deplorável histórico
O jornal cita o “deplorável histórico econômico” da presidenta brasileira, com a recessão que deverá prosseguir até 2016, inflação e desemprego em alta, e investimentos e confiança do investidor em queda como motivos que levaram milhares de brasileiros às ruas em protestos no domingo. Outro motivo, segundo o jornal, seria o escândalo de corrupção na Petrobras. Dezenas de empresários e políticos, a maioria da base aliada da presidenta, são investigados pela Lava-Jato, sob suspeita de participação no esquema de desvio de verbas na estatal.