Terça-feira, 30 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 20 de abril de 2016
Em entrevista coletiva a correspondentes estrangeiros no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), a presidenta Dilma Rousseff afirmou nessa terça-feira que muitas pessoas atribuem exclusivamente a ela a responsabilidade pela crise econômica que atingiu o País desde 2014. Segundo a petista, se crise econômica fosse argumento para destituir presidentes da República, “não teria um único presidente nos países desenvolvidos” que sobrevivesse à profunda depressão econômica que se espalhou pelo mundo após o estouro da bolha imobiliária nos Estados Unidos, em 2008.
“Como se eu fosse responsável pelo fim do superciclo das commodities, pela brutal crise que afetou, a partir de 2009, os países desenvolvidos, como se no resto do mundo essas dificuldades não tenham sido enfrentadas em até escala muito maior”, disse Dilma. Ela também afirmou que está sendo vítima de um processo de impeachment baseado em uma flagrante injustiça e que o Brasil tem um “veio golpista adormecido”. De acordo com a mandatária, ela classifica de “veio” a possibilidade que nunca é afastada. Desde o início da análise do processo de afastamento, é a segunda vez que Dilma reúne jornalistas do exterior na sede do Executivo para dar sua versão sobre a tentativa de afastá-la, a princípio temporariamente, do comando do País.