Brasil Dilma enfrenta constrangimentos em encontro com movimentos sociais
Por Redação O Sul | 14 de agosto de 2015
Programado para ser um evento intramuros com movimentos sociais, nessa quinta-feira, para servir de contraponto à manifestação programada para o próximo domingo, que pede a saída da presidenta do cargo, o encontro com as entidades acabou provocando uma série de saias justas à presidenta Dilma Rousseff.
As lideranças aproveitaram para passar dois recados dentro do Palácio do Planalto. O primeiro é que apoiam a permanência de Dilma no poder. Outro recado foi diretamente à presidenta: de que ela precisa dar a chamada “guinada à esquerda” e começar a discutir a pauta dos movimentos sociais. Entre as reinvindicações está o fim do ajuste fiscal imposto pelo governo no primeiro semestre.
“O mercado nunca dará sustentação ao seu governo, quem está aqui sustenta o seu governo”, lembrou Vagner Freitas, da CUT (Central Única dos Trabalhadores).
O encontro também explicitou a insatisfação dos movimentos sociais com o recente alinhamento de Dilma ao do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com o objetivo de se contrapor à oposição declarada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Renan propôs a chamada “Agenda Brasil”, um documento com uma série de propostas a serem votadas com o apoio do Planalto. “A pauta do Brasil não é a pauta do Renan presidente. Esta pauta é dele e não interessa aos trabalhadores. A pauta dos trabalhadores precisa andar de forma mais consistente”, criticou o presidente da CUT.
Um dos constrangimentos ocorreu em relação ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e ao ajuste na economia imposto pelo governo. Em coro, os presentes à cerimônia gritaram: “Fora já, fora já daqui. Eduardo Cunha, junto com o Levy”.
Dilma foi cobrada a dar respostas sobre as reinvindicações dos movimentos. “Queremos voltar a dialogar com a agenda que venceu as eleições”, disse Alexandre Conceição, coordenador nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
Já o presidente do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), Guilherme Boulos, cobrou que o povo não pague a conta da crise.
Deixe seu comentário
Últimas
Rio Grande do Sul Falta de luz e água atinge milhares de gaúchos
Rio Grande do Sul Aumenta para 90 o número de mortes provocadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul
Rio Grande do Sul Petrobras doará mais de R$ 5 milhões para auxiliar os municípios de Canoas e Esteio
Rio Grande do Sul Governo federal prepara linha de crédito para famílias afetadas pelas inundações no Rio Grande do Sul
Rio Grande do Sul “Nós vamos recuperar o nosso futuro e o nosso Rio Grande do Sul”, diz o governador Eduardo Leite
Rio Grande do Sul Circulação dos trens da Trensurb segue suspensa em todas as estações devido às enchentes
