Quinta-feira, 01 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 25 de março de 2016
A presidenta Dilma Rousseff decidiu apostar na oferta de cargos de primeiro e segundo escalões para atrair o apoio de alas partidárias que ainda não deixaram a base de apoio ao governo. Nessa quinta-feira, ela intensificou o contato com parlamentares e líderes de legendas e acelerou as negociações com aliados, a fim de ouvir as suas demandas.
O principal foco das investidas do Palácio do Planalto é o PMDB, que detém a maior bancada – tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado – e ensaia a ruptura com a líder petista. Caso se confirme, o afastamento seria um “tiro de misericórdia” no governo, principalmente se outras siglas aliadas seguirem o mesmo rumo.
A estratégia inclui uma maior aproximação dos ministros peemedebistas, demonstrando que uma possível debandada do partido não seria unânime e que nem seria seguida por todos os seus correligionários. “Nós queremos muito que o PMDB permaneça no governo e eu tenho a certeza de que os meus ministros têm um compromisso”, declarou Dilma.
À tarde, ela se reuniu com os sete ministros da legenda: Eduardo Braga (Minas e Energia), Kátia Abreu (Agricultura), Henrique Eduardo Alves (Turismo), Helder Barbalho (Portos), Mauro Lopes (Aviação Civil), Marcelo Castro (Saúde) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia). Esse último engrossou o coro contra o desembarque. “E os mais de mil cargos do PMDB no governo, também serão esvaziados?”, desafiou Pansera. “Vamos paralisar o País ou agir com responsabilidade nesse momento?” (AE)