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Por Redação O Sul | 9 de abril de 2016
O relator da comissão do impeachment na Câmara dos Deputados, Jovair Arantes (PTB-GO), afirmou, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que a presidenta Dilma Rousseff “não gosta do Congresso” e atribuiu parte da atual crise ao “pouco caso” que ela teria dado aos parlamentares.
Segundo Jovair, a mandatária e sua equipe “se sentem acima da lei” por terem mantido pedaladas fiscais em 2015 mesmo após críticas e advertências feitas em 2014. “Eles não demonstraram pudor ou medo, continuaram fazendo, cometendo as pedaladas e os crimes de responsabilidade. O que eu afirmei muito no meu relatório foi a questão de usurpar a questão do Poder Legislativo. E é esse o termo”, declarou.
Questionado por que sustenta que Dilma “não gosta do Congresso”, o deputado respondeu: “Você vê outros países e outros presidentes que passaram pelo Brasil. Eles têm relação próxima, conversam amigavelmente, pegam sugestão de deputados. O governo tem que ouvir o Congresso, consultar o Congresso”.
Joavir prosseguiu: “Eu não me lembro de ela [Dilma] fazer isso em momento algum. Já participei de reuniões com ela, mas muito mais para dizer amém do que para levar qualquer sugestão. Mais recentemente, quando entrou em crise, ela chamou e até ouviu, mas não colocou em prática nada do que falamos”.
No relatório que opinou pela continuidade do processo de impeachment da petista na Câmara, o deputado afirmou que há “indícios mínimos de que a presidenta da República, Dilma Vana Rousseff, praticou atos que podem ser enquadrados em crimes de responsabilidade”.