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Por Redação O Sul | 1 de abril de 2016
A presidenta Dilma Rousseff concluiu que não há espaço na nova reformulação do governo para acomodar os seis ministros peemedebistas que informaram à petista que pretendem seguir em seus cargos, apesar do desembarque do partido da base de apoio ao governo.
Em reunião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ela avaliou que boa parte deles terá que deixar as suas pastas para dar espaço a siglas como PP, PR e PSD. Nas palavras de um assessor presidencial, nem a permanência de Marcelo Castro (Saúde) está garantida.
O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani (RJ), chegou a pedir ao Palácio do Planalto que o ministro seja mantido na possibilidade de pelo menos 25 deputados federais do partido apoiarem Dilma contra a abertura do processo de impeachment.
O apelo, porém, não surtiu efeito: pelo desenho esboçado na reunião, seriam mantidos Helder Barbalho (Portos), Kátia Abreu (Agricultura) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia). Além de Castro, perderiam seus postos Eduardo Braga (Minas e Energia) e Mauro Lopes (Aviação Civil). A petista teria dado prazo até esta sexta-feira para informar quem continuará na Esplanada.
Nas contas do governo, Dilma tem 136 votos contra o impeachment e precisa de mais 40 para barrar o pedido de afastamento. (Folhapress)