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Notícias Dilma se comparou ao presidente da Câmara dos Deputados, afirma Fernando Henrique Cardoso

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FHC classificou de “manobra” a discussão do PSDB sobre a possibilidade de cancelar o recesso parlamentar. (Fabio Braga/Folha imagem)

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) fez críticas nessa sexta-feira à defesa apresentada pela presidenta Dilma Rousseff após o anúncio da abertura do processo de impedimento contra ela na Câmara dos Deputados, na quarta-feira passada. “Eu acho que ela mesma se comparou ao Eduardo Cunha e não deveria ter feito isso porque ninguém está dizendo isso. O que está sendo dito não é sobre ela como pessoa, é como presidenta, que teria havido um abuso na lei de responsabilidade fiscal. Não existe nenhuma acusação menor a ela”, afirmou FHC, durante evento em Lisboa (Portugal).

Na quarta-feira, a presidenta disse que não mantém contas na Suíça, em uma referência direta ao presidente da Câmara, alvo de inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal).

Questionado sobre fundamentos jurídicos, FHC afirmou que a abertura do processo de impeachment de Dilma é “constitucional”. “Claro que existe [lógica para o impeachment], é constitucional. Não temos o que discutir.” Segundo ele, “impeachment é sempre um processo delicado. Agora é preciso ver os fundamentos. Os advogados que o fizeram são competentes. E, depois, é preciso ver a questão política, se a maioria se dispõe a votar a favor da abertura do impeachment”, comentou.

FHC classificou de “manobra” a discussão do PSDB sobre a possibilidade de cancelar o recesso parlamentar. Para ele, é natural que haja esse debate, mas ele acredita que não haverá cancelamento das férias do Congresso. “Algum recesso sempre há, temos o Natal etc. Por mais que as pessoas fiquem aflitas, há. Isso são manobras de um lado e do outro. A situação é muito grave, não precisa de manobra. Eu acho que vai se impondo a realidade progressivamente e quanto mais debate houver, quando mais aberto for o Congresso, melhor”, defendeu o ex-presidente.

Ainda de acordo com FHC, o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff não pode ser “objeto de desejo”. “Eu acho que o impeachment não deve ser objeto de desejo. Acontece. No caso, precisamos ver. Se acontecer mesmo, teremos que levar a fundo porque o Brasil não pode ficar paralisado e neste momento ele está”, disse FHC.

Para ele, “ninguém no Brasil quer golpe”. “Não há quem possa dar sustentação ao golpe no Brasil. Ninguém quer golpe. O Brasil quer mais eficiência na ação, mais legitimidade no Congresso. Ninguém quer golpe, está fora de cogitação”, afirmou.

A democracia, declarou, está “viva”. “A Justiça está funcionando, a mídia funciona, temos liberdade, faltam instituições mais sólidas e mais representativas, mas não há risco para a democracia.” (AE)

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