Domingo, 12 de outubro de 2025
Por Cláudio Humberto | 12 de outubro de 2025
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O assunto é delicado, mas líderes de direita estudam cenário cada vez mais provável: a eleição presidencial de 2026 “sem um Bolsonaro”. A conclusão é que Eduardo não pode voltar dos EUA, sob risco de prisão, e Michelle, se topar, deve disputar o Senado, o “tribunal do STF”. Sobra Flávio, que também deve renovar o mandato de senador. De olho em votos mineiros cruciais na eleição nacional, o governador Romeu Zema (Novo-MG) teria chances para virar vice. No máximo.
Sempre lembrada
Outra pré-candidata a vice, Tereza Cristina (PP-MT), ex-ministra de Bolsonaro, não tem pecha de radical e pode atrair o voto feminino.
Pela beirada
Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro de Jair Bolsonaro, também é lembrado para vice, apesar do senador negar qualquer pretensão.
Melhor cadeira
Sobram ainda os governadores Tarcísio de Freitas (Rep-SP), Ronaldo Caiado (União-GO) e Ratinho Jr (PSD-PR), de olho na Presidência.
Pano de fundo
Essas conversas ajudaram a esquentar o clima entre Ciro e Caiado, que chegaram a trocar farpas públicas nos últimos dias.
PSD prioriza Simões, não Pacheco em Minas
Lideranças do PSD, especialmente as mineiras e a Executiva Nacional, dizem que o partido já tem favorito para disputar o governo de Minas Gerais. E não é o senador Rodrigo Pacheco, como Lula planejaria. O partido de Gilberto Kassab se movimenta para lançar Mateus Simões, atual vice do governador mineiro Romeu Zema (Novo-MG). Correndo por fora, com baixíssimo apelo, tem ainda outro nome, o do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que também pleiteia o Senado.
Dedo bom
Kassab é conhecido pelo pragmatismo e por ser bom com números. Na conta da raposa, Simões tem boas chances na disputa
Canto da ratoeira
Lula quer Pacheco para ter palanque em Minas Gerais, em 2026. Os nomes do PT, como Fernando Pimentel, são ainda menos competitivos.
Vire à direita
O PSD não pretende se alinhar a Lula no Estado. Com o resultado das municipais, com centro-direita em vantagem, prefere até se distanciar.
Expulsão encaminhada
Tá feia a coisa para Celso Sabino, com processo de expulsão aberto no Conselho de Ética do União Brasil. O ministro do Turismo tem 60 dias para se defender. Foram 32 votos por Sabino fora, só um contra.
Com folga
Última pesquisa Real Time Big Data traz boas notícias para Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que deve tentar renovar o mandato de senador em 2026: lidera todos os cenários na disputa que tem duas vagas.
Regalia suprema
Mesmo fora do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, aposentado, vai manter o pagamento no teto constitucional de R$46,3 mil por mês. O pagamento integral é privilégio para ministros do STF.
Na humildade
Lula viajou para evento da ONU, em Roma. Lá pode escolher ficar na residência da Embaixada do Brasil na Itália, o Palácio Doria Pamphilj, na Piazza Navona, um dos endereços mais prestigiosos do mundo.
Merreca
Só alguns gatos pingados tiveram a sorte de ser contemplados com bolsas do CNPq. Foram 8.573 pesquisadores inscritos, mas o governo Lula só selecionou 907, 10,58% do total.
Em campo
“Depois de atuar como juiz, promotor, delegado e comentarista no mesmo processo, [Alexandre de Moraes] quer escolher até o advogado do réu”, se surpreendeu o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).
Longe
Tarcísio de Freitas (Rep-SP) celebrou o Nobel da Paz para Maria Corina Machado, que denuncia a ditadura venezuelana. Diz torcer para o Brasil também encontrar o caminho da “verdadeira liberdade”.
Cumpra-se a lei
Ganha força na plataforma Change.org abaixo-assinado pela imediata implementação da Lista Nacional de Pedófilos. Já tem até lei (15.035), sancionada em novembro de 2024, mas nunca entrou em vigor.
Pergunta na logística
Decisão importante presidencial precisa esperar viagem à Europa?
PODER SEM PUDOR
Que país é este?
Na atual temporada de escândalos, muita gente tem citado a frase “Que país é este?”, atribuindo-a ao roqueiro Renato Russo. Mas o verdadeiro autor foi o mineiro Francelino Pereira, nos anos 70, quando era presidente da Arena. Parece uma frase solene, mas foi um desabafo, na Câmara Municipal de São Paulo, porque o elevador não chegava nunca. Os jornais a divulgaram depois, mas sem dar o contexto. Anos mais tarde, Renato Russo, roqueiro e ilustre morador de Brasília, aproveitou a frase para criar o grande sucesso que agora encontra um contexto muito mais lógico.
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
Instagram: @diariodopoder
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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