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Brasil Diretor afastado da Polícia do Senado diz que cumpria ordens, mas não esclarece de quem

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Quatro agentes da Polícia do Senado foram presos na sexta-feira. (foto: José Cruz/Agência Brasil)

Diretor afastado da Polícia Legislativa do Senado, Pedro Araújo afirmou, em depoimento à Polícia Federal, nesta segunda-feira (24), que mandou fazer varreduras em endereços de senadores e ex-senadores porque apenas cumpria ordens superiores. Araújo não disse, no entanto, de quem partiam as ordens. Araújo e mais três outros policiais do Senado foram presos na sexta-feira (21). Eles são acusados de promover contraespionagem para dificultar investigações da Operação Lava Jato contra determinados políticos.

Dos quatro detidos, o diretor afastado é o único que permanece preso. Os outros colaboraram com as investigações e foram soltos depois de prestarem depoimento. Araújo prestou depoimento no final da manhã desta segunda-feira. O interrogatório durou aproximadamente duas horas. Ao ser perguntado pelo delegado Felipe Alcântara de Barros Leal sobre as razões da varreduras, o diretor da polícia respondeu que cumpria ordens. O delegado quis saber de onde viriam as ordens. Araújo deixou a pergunta sem resposta.

O diretor também confirmou que mandou fazer varredura na residência oficial da presidência da Câmara na época em que o ex-deputado Eduardo Cunha era o presidente da instituição. Os policiais fizeram a varredura na tentativa de localizar equipamentos de escuta alguns dias depois da Polícia Federal apreender documentos na casa ocupada por Cunha. As buscas foram pedidas pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, e determinadas pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Barros Leal considerou as declarações do diretor insuficientes. Araújo deve permanecer preso até amanhã, quando termina o prazo da prisão provisória decretada semana passada pelo juiz da 10ª Vara Federal, Vallisney Oliveira. O caso não está em sigilo, mas ainda assim a polícia decidiu manter reserva sobre os últimos dias da chamada Operação Médis. A investigação teve origem a partir da delação do policial Paulo Igor Bosco Silva. Segundo ele, as varreduras guardavam vínculos com o momento de determinadas ações da Lava Jato.

Entre os beneficiários das varreduras estão os ex-senadores José Sarney (PMDB-AP), Edson Lobão Filho (PMDB-MA) e os senadores Fernando Collor (PTC-AL) e Gleisi Hoffmann (PT-PR). Os policiais fizeram varredura num gabinete particular de Sarney ano passado, quando ele já não era mais parlamentar.

Segundo Geraldo César de Deus Oliveira, um dos policiais presos, confrontado com o fato de Sarney estar fora do Senado, Araújo teria dito que não haveria problema. Bastaria dizer que se tratava de uma ação precursora a uma visita do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao colega de partido. (AG)

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