Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 9 de fevereiro de 2016
Depoimentos de executivos do setor automobilístico prestados na Operação Zelotes e a defesa de um dos presos entram em contradição com a versão de alguns dos acusados que afirmam ter apenas exercido trabalho de lobby pela prorrogação de MPs (medidas provisórias).
Na ação penal aberta pela Justiça Federal do Distrito Federal, advogados de alguns dos principais acusados, como Mauro Marcondes e Alexandre Paes dos Santos, têm dito que seus clientes realizaram “lobby legítimo” – que, embora não regulamentado no Brasil, não pode ser considerado crime.
Porém, ouvido pela PF (Polícia Federal) em 26 de outubro do ano passado, o principal executivo do grupo Caoa, que comercializa veículos da marca Hyundai, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, afirmou que a empresa “nunca procurou qualquer lobista para obter a prorrogação dos incentivos fiscais” contidos nas MPs.
Ele descreveu Marcondes como “prestador de serviços, representando a empresa junto à Anfavea”, a associação dos fabricantes do setor automotivo. Marcondes disse à PF que a Caoa o contratou “para o projeto de continuidade de benefício fiscal”. (Folhapress)