Cultura A Disney é a favorita para comprar os estúdios da Fox. O negócio deve ser fechado nos próximos dias
Por Redação O Sul | 5 de dezembro de 2017
A negociação que deve mudar os rumos do mundo do entretenimento ganha contornos cada vez mais sólidos. De acordo com informações o canal norte-americano CNBC, a Disney é realmente a favorita para adquirir a divisão de filmes e séries da Fox; o poder de compra da casa de Mickey Mouse deve deixar a Comcast, dona da Universal e sua principal concorrente na disputa para trás. O negócio pode ser concretizado nos próximos dias.
O império por trás do Universo Cinematográfico Marvel e da saga Star Wars teria maiores chances de fechar o acordo porque Rupert Murdoch, patriarca da Fox, estaria mais interessado nas ações da Disney do que da Comcast.
Assim, além de manter seus departamentos de esportes e notícias (incluindo os canais Fox Sports e Fox News), o magnata da comunicação também investiria na compradora da 20th Century Fox, cujas propriedades estão orçadas em uma astronômica cifra que ultrapassa os US$ 60 bilhões.
Se Murdoch realmente vender sua divisão de filmes e séries para a Disney, todo o Universo Marvel da Fox poderá ser integrado ao MCU. Além disso, as aclamadas séries do canal FX e o investimento de produção e distribuição com o Hulu, segundo maior serviço de streaming (atrás apenas do Netflix), também se tornariam propriedade da empresa criada por Walt Disney.
Especialistas no segmento ressaltam, no entanto, que antes de mais nada é preciso observar os aspectos jurídicos, econômicos e legais envolvidos na questão. E eles não são tão nada simples. A compra de uma empresa como a Fox por parte de um conglomerado como a Disney ou a Comcast poderia configurar a formação de um truste. Ou seja, quando uma companhia líder de sua área obtém controle ainda maior no segmento.
Como os Estados Unidos possuem uma lei antitruste (invocada para barrar a compra da Time Warner pela AT&T, no mês passado, por exemplo), a negociação para a aquisição da 20thCentury Fox pode vir a ser embargada pelo governo do presidente Donald Trump.
Universal
Outra gigante do ramo, a Comcast (maior conglomerado midiático do mundo e que detém, além da Universal, o canal NBC e a Dreamworks), dentre outras companhias, também entrou no páreo.
Além de possuir o capital necessário para a aquisição, ela tem um bom motivo para tentar fechar o negócio: atrair um universo cinematográfico capaz de suprir a deficiência do chamado “Universo Sombrio dos Monstros” (que inclui personagens “requentados” como a Múmia), fracassado e provavelmente cancelado.
Com os direitos de adaptação dos heróis da Marvel que hoje pertencem à Fox, a Universal herdaria franquias consolidadas e projetos de vasto potencial mercadológico, tanto nas telonas quanto nas telinhas.
Vale lembrar que se o acordo for finalizado, a Comcast (ou a Disney, seja qual for o vencedor da disputa) também teria direito de explorar aclamadas e premiadas séries como Legion , Fargo, American Horror Story e American Crime Story, todas do canal FX.
Também entraria no lote parte das ações, investimentos e produções decorrentes do acordo firmado entre a Fox e o serviço de streaming Hulu, segundo maior do segmento atrás apenas da Netflix.
