Sábado, 06 de dezembro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral Ditadura da Venezuela torna líder da oposição inelegível e inviabiliza eleições livres

Compartilhe esta notícia:

A opositora María Corina Machado é uma das pré-candidatas favoritas para as eleições presidenciais de 2024 na Venezuela. (Foto: Reprodução)

A ditadura da Venezuela tornou inelegível María Corina Machado, uma das pré-candidatas favoritas para as eleições presidenciais de 2024 na Venezuela. Da ala mais radical da oposição, foi inabilitada a exercer cargos públicos por 15 anos, segundo um ofício da Controladoria Gera. Ela se junta a outros dois nomes importantes da oposição que já haviam sido barrado da disputa eleitoral: Juan Guaidó e Henrique Capriles.

A medida, anunciada na noite de sexta-feira (30), ocorreu em meio a negociações para que a oposição participe de eleições em 2024. Maria Corina é, no momento, a favorita para conquistar a candidatura no campo opositor. O veto ao seu nome, na prática, sinaliza que a ditadura não está disposta a concessões.

Na última semana, o Tribunal Penal Internacional reabriu uma investigação contra o regime de Maduro por violações de direitos humanos em razão da execução extrajudicial de militantes da oposição e criminosos comuns desde 2017.

O texto da Controladoria foi lido pelo deputado José Brito. “Tenho o dever de informar que à cidadã María Corina Machado Parisca foi imposta a sanção de inabilitação para o exercício de qualquer cargo público em 13 de julho do ano 2015″, por um período de 15 anos, diz o texto.

Os Estados Unidos, que mantêm uma antiga disputa com o regime de Nicolás Maduro, que inclui um embargo ao petróleo venezuelano, protestaram contra a medida imposta à opositora, assim como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o governo do esquerdista Gustavo Pero, na Colômbia.

A inabilitação “priva o povo venezuelano de direitos políticos básicos”, disse Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado. “Os venezuelanos merecem o direito de escolher um candidato para participar das eleições presidenciais de 2024 sem interferências”, acrescentou.

Razões para inabilitação

Segundo a Controladoria, a inabilitação de María Corina foi baseada em “irregularidades administrativas” quando ela foi deputada (2011-2014). A princípio, a inabilitação imposta em 2015 tinha vigência de um ano, mas a Controladoria a continuou investigando nos anos seguintes.

A opositora também é acusada de ter participado de “uma rede de corrupção” liderada por Guaidó, reconhecido, entre janeiro de 2019 e janeiro de 2023, como presidente interino da Venezuela por 50 países que não reconheceram a reeleição do presidente Nicolás Maduro em 2018, por considerá-la “fraudulenta”.

“Ninguém se surpreende, isso estava por vir, mas se eles acreditam ou acharam que essa farsa de inabilitação ia desestimular a participação nas primárias, devem se preparar, porque se tínhamos força, agora vamos com mais força”, afirmou María Corina em um ato político.

Críticas à decisão

A decisão da Controladoria gerou rejeição na Organização dos Estados Americanos (OEA), à qual a Venezuela deixou de pertencer em 2019. “O regime recorre às inabilitações e proscrições para se manter no poder”, manifestou.

O presidente colombiano, Gustavo Petro, somou-se aos questionamentos, ao apontar que “nenhuma autoridade administrativa deve tirar os direitos políticos de nenhum cidadão”.

Vários setores opositores manifestaram solidariedade a María Corina, após criticarem a decisão. Inabilitado desde 2017 por 15 anos e inscrito nas primárias opositoras, Henrique Capriles considerou a medida “inconstitucional, infundada e vergonhosa”.

“Essa inabilitação, assim como a nossa e a de outros líderes da oposição, é ilegítima, injustificada e, sobretudo, inconstitucional. Maduro e as instituições que controla seguem o pior caminho, de desenhar uma eleição que só trará mais crise econômica, social e política”, tuitou Capriles. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e da agência de notícias AFP.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

770 municípios brasileiros vão ter perdas de recursos com os novos indicadores populacionais do Censo de 2022
Quadrilha falsificava documentos de universidade para obter registros para falsos médicos
https://www.osul.com.br/ditadura-da-venezuela-torna-lider-da-oposicao-inelegivel-e-inviabiliza-eleicoes-livres/ Ditadura da Venezuela torna líder da oposição inelegível e inviabiliza eleições livres 2023-07-02
Deixe seu comentário
Pode te interessar