Sábado, 13 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de dezembro de 2025
Banhada pelo Caribe de um lado e pelo Pacífico do outro, a Costa Rica é um convite de imersão total em natureza viva. Com cerca de 25% de seu território preservado, o país vem se firmando como um destino de ecoturismo vibrante e diverso, inclusive com aumento do interesse dos brasileiros no último ano. Poucas horas de carro separam um mergulho no mar de uma visita a um vulcão em plena atividade. Cachoeiras, trilhas em meio à vida selvagem e passeios de barcos por canais também estão no pacote.
A entrada pelo país se dá pelo Aeroporto Internacional Juan Santamaría, ao lado da capital San José. Dali, são cerca de 40 minutos de carro até o vulcão Poás, um dos cinco ativos da Costa Rica – entre mais de uma centena de inativos que lá existem. A atividade vulcânica é monitorada o tempo todo e o parque é fechado quando há qualquer risco aos visitantes. Uma erupção mais forte ocorreu em 2017, e as marcas ainda são visíveis na paisagem.
Heilyn James, coordenadora dos mercados do México e América do Sul no Instituto Costarricense de Turismo, aponta um aumento de 25% na procura de brasileiros no último ano. “Fatores como a diversidade de paisagens, vulcões, florestas tropicais, praias do Pacífico e do Caribe, junto com a boa infraestrutura turística e a hospitalidade da população local, despertam o interesse de novos turistas”, diz.
Outro atrativo são as lagoas que se formam nas crateras, fruto das erupções vulcânicas, como a Laguna Botos. Para observar a cratera principal, não é preciso andar muito, cerca de dez minutos em um caminho totalmente acessível e asfaltado, mas há opções de trilhas longas no parque.
Nos arredores, é possível provar alguns dos cafés mais premiados do mundo em cafeterias e lojas anexadas aos cafezais da região, cuja altitude favorece a produção de grãos de qualidade. Na gastronomia, frutas frescas como o abacaxi e o morango produzidos no país, peixes e mariscos vindos do litoral e o “gallo pinto” (mistura de arroz com feijão preto e banana da terra) são um deleite para o paladar. A poucos quilômetros dali está o La Paz Waterfall Gardens, santuário de animais com mais de cem espécies e cinco cachoeiras.
A imersão na fauna e na flora costarriquenha fica completa em Puerto Viejo de Sarapiqui, uma das áreas mais preservadas da região. São duas horas de carro de San José, e as hospedagens, os lodges, ficam dentro de reservas florestais e, geralmente, são simples.
No Rio Sarapiquí, quem gosta de aventura pode praticar esportes radicais como rafting e tirolesa. Outra atração são as trilhas para observar espécies nativas. No tour noturno, répteis e anfíbios são as estrelas. Os passeios são feitos com guias, que falam espanhol e inglês. A melhor época para visitar o país é no período seco, entre dezembro e março, mas se a pedida forem as praias do Caribe, há duas épocas com menos chuvas: de fevereiro a março e entre setembro e outubro.
Paraíso isolado
Partindo em direção ao Caribe, Tortuguero é um recanto a ser descoberto: um pequeno vilarejo onde só se chega por barco ou avião e que, como o nome indica, é lar de tartarugas-marinhas. No encontro do rio e do mar, estão lodges que aliam boa infraestrutura de hospitalidade e serviços de wellness, como spa e ioga, à preservação ambiental. Na reserva das hospedagens, já estão incluídos o transporte aéreo entre a capital e Tortuguero (em média US$ 400 a diária, em locais como o Pachira Lodge), e lá, assim como em todo o país, o dólar é bem aceito juntamente ao colón.
Uma das maiores joias de Tortuguero é o passeio de barco pelos canais, feito pela manhã (US$ 41 por pessoa), no qual é possível avistar dezenas de espécies de aves nativas. Macacos, lagartos e crocodilos também dão as caras durante a jornada. À noite, é possível assistir à desova das tartarugas, junto aos biólogos do Sea Turtle Conservancy (a melhor época é entre julho e outubro, quando as tartarugas-verdes desovam ali). “Tortuguero costumava ser um local de caça de tartarugas, mas a prática foi proibida e em 1970 foi criado o Parque Nacional. Agora já não existe mais a exploração desses animais, e o ecoturismo virou a principal atividade econômica da região”, conta o guia Pavel Esteban. As informações são do jornal O Globo.
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