Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 18 de agosto de 2023
A deputada federal Carla Zambelli está internada em Brasília, como confirma sua assessoria, com diverticulite. A condição é causada por um defeito na camada média musculosa e espessa do intestino. Pequenas saliências gastrointestinais, chamadas de divertículos (podendo estar carregadas com fezes) ficam inflamadas. Elas podem desenvolver pus ou serem rompidas, causando sangramento interno.
Quando diversos divertículos se formam, a doença é chamada de diverticulose, mas quando as complicações inflamatórias aparecem, passa a ser diverticulite. Ela pode ser tratada com antibióticos e, ocasionalmente, cirurgia.
Em grande parte dos casos, diverticulose é uma doença assintomática, que passa despercebida e só é diagnosticada em uma investigação eventual. Quando os sintomas aparecem, são queixas inespecíficas de desconforto abdominal, mais do lado esquerdo, prisão de ventre e alterações dos hábitos intestinais.
A diverticulite aguda é um sinal de complicação nos divertículos. Dependendo da gravidade do quadro, os sintomas mais importantes são:
– Dor forte na região do umbigo, que tende a se deslocar para o abdômen;
– Prisão de ventre;
– Diarreia;
– Presença de sangue nas fezes;
– Dificuldade para urinar;
– Febre;
– Náuseas e vômitos.
A diverticulite é mais comum na faixa etária a partir dos 40 anos de idade. Acima dos 50 anos, o distúrbio ocorre com mais frequência em mulheres, enquanto em pessoas com menos de 50 anos de idade, ocorre mais em homens.
Ele pode ser grave para idosos, sobretudo aqueles que tomam corticosteroides ou outros medicamentos que inibem o sistema imunológico e que, consequentemente, aumentam o risco de infecção. Outro grupo de risco são pessoas que têm HIV e aquelas que estão recebendo quimioterapia.
Saiba mais
A diverticulite é uma doença que se instala quando os divertículos (saliências gastrointestinais que retêm pequenas quantidades de fezes) ficam inflamados ou infectados, podendo apresentar abscesso ou perfuração.
O diagnóstico da diverticulite aguda leva em conta a história do paciente, o exame clínico e os achados da tomografia computadorizada. O enema opaco e a colonoscopia não devem ser indicados nessa fase inicial, porque o trânsito livre das fezes pela perfuração do divertículo pode provocar um quadro de infecção abdominal e peritonite grave.