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Por Redação O Sul | 11 de março de 2017
O cavaleiro Álvaro Afonso de Miranda Neto, o Doda, acaba de entrar na Justiça brasileira com uma ação contra a ex-mulher, a bilionária Athina Onassis.
Ele contratou os serviços da temida advogada Priscila Corrêa da Fonseca, apelidada no meio jurídico “a rainha dos divórcios” por causa da combatividade implacável com que atua nos processos de Direito de Família. Doda e Athina se casaram em São Paulo, em dezembro de 2005.
O cavaleiro, de 44 anos, pleiteia, em primeiro lugar, o acesso a seus cavalos e equipamentos esportivos, que estão no centro de treinamento construído pelo ex-casal na pequena cidade de Valkenswaard, na Holanda.
Desde outubro, quando Athina, de 31 anos, colocou seguranças para impedir o cavaleiro de entrar na propriedade e treinar seus cavalos, ele despencou para o 2.05oº lugar no ranking internacional, após já ter ocupado a 10ª posição.
Em fevereiro do ano passado, Athina ingressou com uma ação judicial de divórcio na Bélgica, onde morava o ex-casal. Também retirou Doda do cargo de diretor estatutário da empresa Victory, constituída por eles na Holanda para gerir as atividades da família ligadas ao hipismo.
Segundo o medalhista olímpico alega no processo, ao longo de seis anos, ele empregou seu tempo na gestão da empresa e investiu nela uma certa quantia, fruto de suas premiações e patrocínios conquistados ao longo da carreira. Na ação contra a Victory, o cavaleiro pretende reaver o valor e uma indenização por ter sido afastado do empreendimento.
Em maio de 2016, a Justiça belga concedeu uma liminar para que Doda tivesse acesso a seus cavalos e pudesse treinar para a Olimpíada do Rio de Janeiro. Athina recorreu e conseguiu, em dezembro, reverter a decisão em um tribunal de segunda instância. O caso agora tramita na Suprema Corte da Bélgica, que ainda não proferiu a palavra final.
Na Bélgica, na Holanda e no Brasil, Doda pede que se abram todas as estruturas e operações das empresas e dos trustes ligados a Athina, para provar que ele investiu nos ativos da Victory.
O resultado dessa tragédia grega deve ser a devassa tributária das transações envolvendo o até hoje blindado e intrincado emaranhado financeiro espalhado por diversos países, que está por trás da imensa fortuna, estimada em 3 bilhões de dólares, deixada pelo armador grego Aristóteles Onassis, avô de Athina.
Não é à toa que, nas Cortes europeias, o divórcio já foi apelidado de “Cavalo de Troia”.