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Brasil Do encontro “tenso” à força-tarefa na Casa Civil, baixa confirmação na COP de Belém liga alerta do governo brasileiro

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A COP30 está marcada para acontecer na capital paraense entre os dias 10 e 15 de novembro. (Foto: Divulgação)

A menos de três meses da COP30, apenas 47 países têm hospedagem confirmada para o evento em Belém, o que equivale a 24% do total das nações que integram a Convenção do Clima da ONU (UNFCCC), de acordo com balanço divulgado na sexta-feira. Nas últimas COPs, entre 193 e 196 países participaram das conferências.

Diante do quadro, especialistas e entidades ambientalistas avaliam que a crise de preços elevados de estadia na capital do Pará representa um risco ao sucesso dos acordos de metas e ponderam que, ainda que a lista de presença aumente, há alta probabilidade de delegações reduzidas, o que afetará as negociações diplomáticas.

A informação da baixa confirmação de presença até aqui foi anunciada pelo próprio governo brasileiro, após uma reunião com o bureau da UNFCCC, em que foram comunicadas respostas oficiais do país-sede a 48 questões feitas sobre a organização de logística e preparação do evento. A hospedagem foi o principal tema de discussão e o encontro foi definido como “muito tenso” por uma fonte que acompanha as negociações. A gestão federal rejeitou ampliar subsídios para delegações de países com renda semelhante ou superior à do Brasil e defendeu revisar o teto da diária subsidiada pela ONU em Belém, hoje em US$ 144, para preços compatíveis com os de Rio e São Paulo.

Após a reunião, o representante do Panamá, Juan Carlos Monterrey Gómez, um dos vice-presidentes do bureau, afirmou ser “inaceitável fingir que está tudo bem enquanto as delegações enfrentam condições impossíveis”. Em uma publicação no Linkedin, Gómez classificou os problemas de hospedagem como “insanidade e um insulto” e disse que a presidência brasileira teria lhe respondido, na reunião, que ele não entende “as regras de procedimento, nem de diplomacia” e que suas palavras eram “inaceitáveis”.

Uma pesquisa feita pela própria UNFCCC aponta que 18 delegações responderam à organização ter acomodação nas últimas semanas, mas a Secretaria Extraordinária para a COP30 afirma que os dados do governo brasileiro estão mais atualizados. O levantamento teve 147 respostas e também perguntou quais eram as principais dificuldades encontradas: 87% citaram os preços como motivo para ainda não terem hospedagem.

Plataforma oficial

A secretária-executiva do Ministério Casa Civil, Miriam Belchior, e o secretário-extraordinário para a COP30, Valter Correia, afirmaram esperar que um número maior de delegados busque acomodação agora, já que aguardavam respostas do governo brasileiro aos problemas. Dos países com hospedagem, 39 o fizeram por meio de uma plataforma de reservas oficial, que oferece um número limitado de quartos a preços controlados, e outros oito optaram por pagar as diárias mais inflacionadas de mercado. Mesmo entre os países que usaram a plataforma oficial, a maioria é de nações desenvolvidas.

Uma força-tarefa coordenada pela Casa Civil passou a ligar para os países para ajudá-los a fechar suas reservas. A prioridade são as nações em desenvolvimento.

Segundo o secretário-extraordinário, os preços dos quartos especiais conseguidos pelo governo brasileiro estão dentro do praticado em outras COPs, e ele tenta convencer os países de que é difícil avançar muito mais.

Secretário executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini avalia que o cenário é “bem preocupante” e que, nas últimas COPs, reservas eram garantidas até no máximo dez meses antes. Ele explica que problemas não são raros e que a edição de Glasgow, em 2021, teve percalços em função da pandemia e da baixa oferta de quartos.

Astrini acredita que a maioria dos países vai garantir presença, mas a preocupação é o tamanho das delegações afetar as negociações se houver muita redução.

Líder de estratégia internacional do WWF-Brasil, Tatiana Oliveira reforça que as negociações estão sob risco por causa da possibilidade de delegações reduzidas. Ela lembra que há pelo menos cerca de 20 itens de negociação em uma COP, o que demanda muitos representantes.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender nesta sexta, em encontro na Colômbia com países amazônicos, a realização da COP em uma capital da região. “Não é como Paris, não é como Dubai, não vai ser num lugar chique desse. É a Amazônia”. As informações são de O Globo

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