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Mundo Documentos bíblicos com mais de 2 mil anos poderão ser acessados pela internet

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Manuscritos do Mar Morto poderão ser decifrados por gente de todo mundo através da internet. (Crédito: Reprodução)

Os Manuscritos do Mar Morto – documentos bíblicos de 2 mil anos descobertos nas cavernas desérticas de Qumran, em Israel – são o maior e mais antigo quebra-cabeça do mundo. Muitos de seus cerca de 20 mil fragmentos – 3 mil deles ainda nem digitalizados – continuam um mistério para especialistas que, há décadas, lutam contra o tempo para encaixar as peças do enigma.

Com orçamento de 1,6 milhão de euros da DFG (Fundação Alemã de Pesquisa), israelenses e alemães anunciaram o projeto Scripta Qumranica Electronica. Será criado um site onde qualquer um – especialista ou leigo – poderá tentar decifrar as charadas escondidas nos documentos. A rápida deterioração dos milhares e minúsculos fragmentos torna a missão urgente. O material não pode ser exposto à luz natural sob perigo de perder ainda mais a nitidez ou se desintegrar.

Quando os documentos foram encontrados, entre 1946 e 1956, alguns estavam quase intactos graças ao ambiente seco do deserto da Judeia e ao fato de terem passado os últimos 2 mil anos no escuro, dentro de vasos de argila escondidos em cavernas. Mas outros tinham sido reduzidos a pedaços mínimos quase ininteligíveis. Hoje, são mantidos a sete chaves em ambiente especial no Santuário do Livro do Museu de Israel, em Jerusalém.

É aí que entra a tecnologia. Ferramentas, como reconhecimento de caligrafia e textura dos pergaminhos, estão sendo desenvolvidas para ajudar a casar as peças sem tocá-las. Os instrumentos não servirão apenas para encaixar fragmentos cujo lugar ainda não foi encontrado, mas para ver formas diferentes de montar manuscritos que já pareciam decifrados. O projeto, com prazo de cinco anos para ficar pronto, é uma colaboração entre especialistas em pergaminhos antigos e cientistas da computação. Juntos, eles vão criar um ambiente virtual e dinâmico, no qual os fragmentos já digitalizados – e os ainda não digitalizados – poderão ser consultados por gente de todo o mundo, junto a bancos de dados de textos, transliterações e análises de conteúdo.

“Primeiro, queremos decifrar tudo o que ainda não conseguimos. Depois, montar o que não foi identificado”, explica Pnina Schor, curadora e diretora do Projeto Manuscritos do Mar Morto.

Primórdios do Cristianismo.

Os Manuscritos do Mar Morto foram descobertos há 70 anos dentro de jarros de argila nas cavernas desérticas de Qumran, a cerca de 2 quilômetros do Mar Morto e a 420 metros abaixo do nível do mar, o local mais baixo da Terra. Os primeiros jarros foram revelados em 1946, mas por dez anos ainda retiravam-se pergaminhos do local.

Os 972 textos encontrados datam de 400 a.C. até 300 d.C. São escritos principalmente em hebraico, mas há textos também em aramaico, grego e em uma escrita críptica quase ininteligível.

São divididos em manuscritos bíblicos (40%); bíblicos apócrifos, ou seja, não incluídos na Bíblia (30%); e manuscritos sectários, que revelam a ideologia e o cotidiano dos grupos judaicos da época (30%). Dos 225 textos bíblicos (os mais antigos já descobertos), há, por exemplo, o mais antigo exemplo dos Dez Mandamentos.

Os documentos revelam o passado da Judeia sob controle de gregos e romanos. Parte deles foi escrita na época de Cristo e conta a história dos judeus nos primórdios do Cristianismo. A descoberta foi feita por acaso pelo pastor de ovelhas Muhammad Edh-Dhib na época em que a região era controlada pelos britânicos. Hoje, ela faz parte da Cisjordânia, disputada entre palestinos e israelenses. (Folhapress)

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https://www.osul.com.br/documentos-biblicos-com-mais-de-2-mil-anos-poderao-ser-acessados-pela-internet/ Documentos bíblicos com mais de 2 mil anos poderão ser acessados pela internet 2016-04-16
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