Segunda-feira, 12 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 27 de janeiro de 2016
Acada 40 segundos, uma pessoa morre em virtude de doenças cardiovasculares. Para se ter uma ideia, o infarto e o AVC (acidente vascular cerebral) matam mais do que todos os tipos de câncer juntos e chegam a superar em até três vezes as mortes por acidentes de trânsito e violência.
Por essa razão, a Sociedade Brasileira de Cardiologia lançou o “Cardiômetro”, ferramenta que mostra em segundos o número de pessoas que perderam a vida devido ao problema, que tem deixado muita gente preocupada.
Especialistas alertam que é preciso ter cuidado com essas doenças, pois somente no começo deste ano o programa “Cardiômetro” já estimava mais de 20 mil mortes em função delas.
Por serem silenciosas, os cardiologistas alertam para a necessidade de se ficar atento aos sinais sutis dessas patologias. “Muitas vezes a pessoa está infartando, sente uma pequena dor no peito e confunde com uma dor muscular. É preciso desconfiar até de um cansaço maior para fazer uma atividade a qual estava habituado, como subir uma escada”, destaca o cardiologista Ricardo Pavanello. Diabéticos, mulheres e idosos com alguma comorbidade, como a hipertensão, são os que menos apresentam sintomas.
Sintomas.
Das tantas doenças cardiológicas, três são citadas pelos especialistas como as que mais ocorrem: infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca e arritmias. O cardiologista Alexandre Soeiro aponta que todas desse grupo são assintomáticas por um longo período, até as queixas começarem. “Quando os sintomas aparecem, geralmente são falta de ar, dor no peito, palpitação e desmaios”, descreve.
O médico alerta ainda para a necessidade de um check-up anual – o que evita o agravamento do quadro clínico. Ele ainda assinala que pessoas com cardíacos na família têm de redobrar os cuidados.
Batimentos cardíacos.
Estar atento aos batimentos cardíacos também é importante para evitar quadros graves de doenças cardiovasculares. Descobrir se seus batimentos estão fora do normal é bem simples e um autoexame diário pode dizer se é caso de procurar um médico. O diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia José Luiz Aziz explica que existem pontos onde é mais fácil fazer a checagem: “No punho, no fim do polegar. A artéria carótida, no ângulo da mandíbula, e na virilha, na artéria femoral”. É preciso apalpar e contar por 10 segundos e, depois, multiplicar por 6.
Especialistas apontam que o normal é que as batidas do coração fiquem entre 50 e 100 por minuto. Quando o coração bate fora deste ritmo, é uma arritmia cardíaca que deve ser avaliada por um especialista.
A taquicardia, quando o coração bate mais de 100 vezes por minuto, e a bradicardia, abaixo de 50, são os sintomas mais perceptíveis da arritmia, mas não são os únicos. Tonturas, cansaço e mal-estar também podem ser sinais de alterações. “Os atletas, geralmente, apresentam batimentos abaixo de 50 quando estão em repouso”, observou o cardiologista Fernando Augusto Alves da Costa.