Domingo, 14 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de dezembro de 2015
Às 9h53min, em 18 de julho de 1994, um furgão branco, carregado de explosivos, chocou-se contra o prédio da Amia (Associação Mutual Israelita da Argentina), em Buenos Aires, matando 85 pessoas e ferindo 300. Foi o maior episódio de terrorismo da história do país. A principal suspeita recaiu sobre o Irã, acusado de apoio ao grupo fundamentalista Hezbollah para organizar o atentado. E em setembro de 2007, o então presidente da Argentina, Néstor Kirchner, denunciou na Organização das Nações Unidas a falta de cooperação iraniana nas investigações do caso.
Em janeiro de 2013, os governos de Cristina Kirchner e Mahmoud Ahmadinejad assinaram um memorando de entendimento, que incluía uma comissão da verdade, e em maio o promotor Alberto Nisman emitiu um novo parecer, denunciando um possível encobrimento do governo argentino em troca de vantagens econômicas iranianas. Um ano mais tarde, o acordo foi considerado inconstitucional pela Justiça argentina. Já o vice-presidente de Cristina Kirchner, Amado Boudou, tornou-se o primeiro da história do país a ser processado em um caso de corrupção. Ele foi acusado de “suborno e negociações imcompatíveis com a função” no chamado “escândalo Ciccone”. (AG)