Domingo, 09 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de setembro de 2016
Dois homens foram presos suspeitos de envolvimento na morte de uma criança de 2 anos, em Cuiabá, capital do Estado do Mato Grosso. O menino morreu uma hora após ter tomado um achocolatado. A suspeita é de que o produto foi envenenado, de acordo com a Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente. Segundo a família da vítima, a bebida foi dada por um vizinho.
Vingança cruel.
A Polícia Civil afirma que Adones José Negri, 61 anos, é suspeito de ter colocado no achocolatado um veneno para matar ratos. Deuel de Rezende Soares, 27, foi quem repassou a bebida à família do menino. A tragédia teria ocorrido porque Negri envenenou o produto com a intenção de matar Soares – vizinho do menino que morreu. Soares, no entanto, teria vendido à família do menino cinco unidades de achocolatado, que teriam sido furtadas da casa de Negri. Ele confessou que usou o veneno “Era Rato” para tentar matar Soares porque este constantemente invadia sua casa, onde furtava diversos produtos.
De acordo com a Polícia, todos moram na mesma rua no Parque Cuiabá, na capital. Negri é foragido da Justiça, e teria um mandado de prisão em aberto. O laudo confirmando ou não o envenenamento ainda não foi divulgado pela Polícia Civil. O produto foi encaminhado para análise em laboratório.
Recolhimento do produto.
Após a morte do menino, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou o recolhimento de um lote do achocolatado Itambezinho e proibiu a comercialização do produto pelo período de 90 dias, em todo o Brasil. A companhia responsável pela produção do lácteo, a Itambé, informou, em nota, que análises laboratoriais internas não identificaram qualquer problema na composição do produto do lote suspenso, e que estava à disposição para colaborar com as investigações. (AG)