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Por Redação O Sul | 29 de dezembro de 2019
A atriz Hilda Rebello, mãe do diretor Jorge Fernando, morreu neste domingo (29), no Rio de Janeiro. A artista de 95 anos estava internada no CTI do Hospital Pró-cardíaco, em Botafogo, na Zona Sul da cidade, há uma semana. A informação foi confirmada pela família da atriz através de rede social e também pelo hospital.
O velório está marcado para esta segunda-feira (30), a partir das 10h, no crematório da Penitência, no Caju, Zona Portuária. A cerimônia de cremação está marcada para o mesmo dia, às 15h30min.
Hilda estava tratando uma infecção respiratória e, em nota, o hospital explicou que a morte ocorreu em decorrência de complicações associadas a infecção respiratória.
Jorge Fernando morreu aos 64 anos, no fim de outubro, após uma parada cardíaca.
Atriz tardia
Hilda, que também é atriz, foi parceira do filho em diferentes produções e soma mais de 30 anos de atuação.
Mas sua carreira nos palcos e atrás das câmeras começou tarde – e por insistência do filho.
A então professora de corte e costura entrou no curso do Teatro Tablado – um dos mais tradicionais do Rio – aos 62 anos. Seis anos depois, fazia sua estreia na peça “Uma historia de boto vermelho” – o que lhe rendeu, em 1994, uma entrada no Guinness, o Livro dos Recordes, como a mais idosa a estrear em palcos.
Na TV Globo, seu primeiro trabalho foi em 1989, na novela “Que Rei Sou Eu?”, como Ama Zefa. Sua estreia no elenco fixo de uma produção aconteceu um ano depois na minissérie Boca do Lixo.
Também foi a avó do Menino Maluquinho na versão para o cinema, em 1994. Seu papel mais recente foi em 2016, em “Haja Coração”.
Depressão
Segundo a filha da atriz Maria Rebello, Hilda ficou deprimida após a morte do filho, em outubro.
“Ela ficou muito triste, acabou abaixando a imunidade e pegou uma infecção. Ela está na unidade intensiva, está lúcida, mas bem fraquinha. Só que mamãe é tão forte que temos esperança de reverter o quadro. Estamos rezando para ser o melhor para ela”, disse Maria Rebello para a revista Quem.
Maria afirmou que, além da perda de Jorge, Hilda teve outro baque com a morte de Pedro Paulo, o Pepê, um mês depois da partida do ator e diretor. Pepê tinha 68 anos e lutava contra um câncer no pulmão, descoberto em maio. Ele era camareiro e tornou-se amigo de Jorge ao trabalhar com ele por mais de 20 anos.
“Ela ficou ainda mais triste com a morte do Pepê. Ele ia almoçar todo dia com a minha mãe, era como se fosse um filho para ela e um irmão para mim. Foram duas perdas seguidas e muito significativas. Esse ano está difícil. Mas nossa família é muito unida. O Jorge era a luz da vida dela”, revelou.