Os grandes partidos, derrotados em outubro do ano passado, silenciam. Devem estar digerindo a manifestação das urnas, reveladora de que a fórmula populista e dos esgrimistas de frases se exauriu. Os candidatos de partidos novatos, que prometeram dar prioridade à boa gestão, combatendo a corrupção, garantiram a preferência. Porém, passados quase dois meses no poder, começam a ser avaliados. A lua de mel tem prazo.
Vai mudar
Marqueteiros não dormem e começam a projetar as campanhas municipais de 2020. Em conversas com esses profissionais, colhe-se a certeza de que não funciona mais a receita de passar aos eleitores imagens como se fossem a realidade. Mesmo que usem robustecidas máscaras, não acreditam mais que possam vender desempenhos espetaculares de gestões mal sucedidas. Candidatos que se formaram na arte de dizer o contrário do que pensam, induzindo a erros, começam a ser varridos.
Estranham muito
A semana para secretários estaduais, que exercem pela primeira vez a função, começará como terminou na sexta-feira. Reuniões infindáveis, situações não imaginadas, indagações judiciais, interesses partidários martelando e conflitos estimulados pela turma do contra.
É o medo
Falta mais de um ano para a Olimpíada de Tóquio. Porém, no Brasil já começou: 2 milhões de requerentes correm para protocolar e aguardar a aprovação de seus pedidos de aposentadoria. Não adianta o governo garantir: quem cumpriu os requisitos pelas regras atuais está preservado, tem direito adquirido e não será afetado pela reforma.
Cobrança
O líder do PSL na Câmara dos Deputados, Delegado Waldir, cobra do presidente Jair Bolsonaro que agilize o envio da proposta de mudança nas regras de aposentadoria dos militares, caso queira evitar resistências ao texto entregue na quarta-feira.
Apoio político
Começou na Assembleia Legislativa de Minas Gerais e será seguido em outros estados: o deputado Coronel Sandro, do PSL, protocolou pedido para concessão do título de Cidadão Honorário ao presidente Bolsonaro e ao ministro Sérgio Moro.
Não gostou
Ao final de uma reunião, o ministro Paulo Guedes ouviu um dos participantes citar: “O economista pode ser definido como o profissional que, quando a gente lhe pede um número de telefone, ele responde com uma estimativa”. O autor da frase foi Denis Healey, parlamentar inglês de 1952 a 1992. Faça-se justiça: Guedes não se enquadra na categoria dos que só fazem estimativas. Em um mês e meio, produziu muito mais do que outros ministros em quatro anos.
Na vitrine
Argumentos superficiais e indigentes, utilizados com destemperos de linguagem, expõem com clareza os interesses corporativos que pretendem sabotar a reforma da Previdência.
Disparada
Lembrete aos que reclamam dos atuais aumentos: a 24 de fevereiro de 1990, houve a divulgação de que a inflação atingiu 1.062.644 por cento nos cinco anos de mandato do presidente José Sarney. Significou que os preços estavam, em média, 10 mil vezes mais altos do que em março de 1985, quando tomou posse.
Este conhece
No começo das aulas, cabe a recomendação dada há 20 anos por Bill Gates, gênio da Informática: “Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros.”
O que fazer
A oposição da Venezuela precisa convocar a Organização Mundial da Saúde para tentar resolver a grave crise. Começaria pelo exame de sanidade mental de Nicolás Maduro.