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Economia Dólar cai 0,55% e fecha cotado a 4 reais e 93 centavos

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A moeda norte-americana à vista encerrou a sessão em alta de 1,48%, a 4,9892 reais. (Foto: EBC)

Uma melhora do apetite ao risco no ambiente externo, com diminuição dos ganhos da moeda norte-americana e alta firme das bolsas em Nova York, tirou pressão do dólar no mercado doméstico de câmbio ao longo da tarde desta quinta-feira (28), véspera da formação da última taxa Ptax de abril. Indicadores domésticos como arrecadação e resultado do governo central foram monitorados, mas não tiveram impacto relevante na formação da taxa de câmbio.

Pela manhã, o dólar rompeu a barreira dos R$ 5 e atingiu máxima da sessão a R$ 5,0451 (+ 1,57%), acompanhando a escalada da moeda no exterior. A divisa, porém, perdeu força na etapa vespertina. Com trocas de sinais ao longo da tarde, firmou-se em terreno negativo na última hora de pregão e, após registrar mínima a R$ 4,9364, fechou a R$ 4,9399, em queda de 0,55%.

Operadores afirmam que parte da perda de fôlego do dólar pode ser atribuída à realização de lucros intraday e ao início da rolagem de posições no mercado futuro. Com o tombo desta quinta, a moeda marcou o segundo dia consecutivo de baixa. Mesmo assim, ainda acumula valorização de 2,81% na semana e de 3,75% no mês.

“Essa queda do dólar à tarde parece um algo técnico, com operadores ajustando posições, já que amanhã é o último dia útil do mês. Não tem explicação econômica para essa virada no fim do dia porque o quadro ainda é de pressão sobre a nossa moeda, por conta dos ruídos políticos locais e expectativa de aumento de juros nos EUA na próxima semana”, afirma a economista Cristiane Quartaroli, do Banco Ourinvest.

Operadores notam que, após o movimento rápido e intenso de repreficação do dólar no mercado doméstico, com alta de 8% em três pregões (22, 25 e 26), a moeda parece passar por um período de acomodação e sem forças para se firmar acima de R$ 5. Parece ter ficado para trás o momento mais agudo de redução de posições vendidas (que apostam na queda do dólar) no mercado futuro por parte de fundos locais.

O momento de maior pressão sobre o real nesta quinta veio na esteira do fortalecimento expressivo da moeda americana no exterior. O índice DXY – que mede a variação do dólar frente a uma cesta de seis divisas fortes – atingiu 103,928 pontos pela manhã, no maior nível em 20 anos, com tombo do euro e, sobretudo, do iene, após o BC do Japão manter sua taxa de depósito negativa em -0,1%.

A queda inesperada do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no primeiro trimestre não abalou as expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) não apenas vai pôr o pé no acelerador, com alta da taxa básica americana em 0,50 ponto porcentual na semana que vem, dia 4, como vai levar a política monetária para o campo restritivo até o fim deste ano. O PIB americano caiu 1,4 no terceiro trimestre (ritmo anualizado), na contramão da alta de 1% esperada por analistas.

“O Fed já mostrou que vai ter uma postura mais dura no combate a inflação, tanto na dose dos juros quanto na velocidade do ajuste”, afirma o especialista em renda fixa da Blue 3, Nicolas Giacometti. “O ciclo de alta deve ser mais rápido. Sinalizaram aumento de 50 pontos-base na reunião da semana que vem e boa parte do mercado já aposta 75 pontos na próxima reunião”.

A busca pela moeda norte-americana no exterior também é alimentada pelo receio de um recrudescimento das tensões entre Rússia e Ocidente.

Os russos anunciaram na quarta-feira corte do fornecimento de gás para Polônia e Bulgária e aumentaram a intensidade dos ataques à Ucrânia, o que tem prejudicado o euro, nos menores níveis em cinco anos. Há também preocupações com a desaceleração da economia chinesa, diante da possibilidade de adoção de mais medidas restritivas para conter a covid.

A combinação de alta juros mais rápida nos EUA e perspectiva de encerramento do aperto monetário no Brasil no mais tardar em junho, aliada ao aumento da instabilidade provocada pela aversão ao risco no exterior, tende a tirar um pouco de atratividade do carry trade, diz Giacometti, da Blue3. “Os dados do fluxo cambial (divulgados na quarta pelo Banco Central) já mostram uma desaceleração da entrada de recursos”, afirma.

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