Quarta-feira, 16 de julho de 2025

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Mundo Dólar cai para R$ 5,58, menor valor desde outubro do ano passado; Bolsa brasileira fecha em queda

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O movimento teve como catalisador a ligação entre o presidente Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping

Foto: Freepik
No Brasil, o mercado seguiu à espera de uma resposta do governo à derrubada do projeto sobre o IOF. (Foto: Freepik)

O dólar teve forte queda de 1,03% nessa quinta-feira (5) e encerrou o dia a R$ 5,585, a menor cotação desde outubro do ano passado. Na mínima da sessão, chegou a R$ 5,577. Nos mercados acionários, o Ibovespa fechou em queda de 0,55%, a 136.236 pontos, seguindo o mau humor de Wall Street. Por lá, pesou a rusga entre Trump e Elon Musk, CEO da Tesla, que pressionou as ações da montadora de carros elétricos a um tombo de mais de 9%.

Os operadores também refletiram a percepção de que a economia norte-americana já está sendo baqueada pela política comercial errática de Trump.

O movimento teve como catalisador a ligação entre o presidente Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping, no que foi o primeiro contato formal entre os dois desde que o republicano assumiu a Casa Branca. Até então, a última conversa havia ocorrido em janeiro, antes da posse.

O telefonema partiu de Trump, segundo a agência estatal chinesa Xinhua. A repórteres no Salão Oval, o presidente norte-americano afirmou que as discussões comerciais continuam em andamento e estão em boa forma, acrescentando que espera ir à China em algum momento em que Xi Jinping também visite os EUA.

Além disso, disse que os representantes norte-americanos se reunirão com as principais autoridades chinesas para dar continuidade às tratativas.

Foco de pressão nos mercados desde o início do mandato de Trump, a relação entre as duas maiores economias do mundo tem se deteriorado nas últimas semanas. Os dois lados se acusam de violar o acordo comercial estabelecido em maio, quando a guerra de tarifas teve uma pausa. O entendimento, firmado em Genebra com duração de 90 dias, reduziu as taxas aplicadas pelos EUA sobre produtos chineses de 145% para 30%, e a China concordou em diminuir os encargos para 10%, ante 125%.

Um ponto crítico da discussão emergiu nos últimos dias: exportações de terras raras. Os EUA acusaram a China de voltar atrás na promessa de relaxar os controles de exportação sobre metais necessários para a eletrônica de ponta. Além disso, Pequim tem se frustrado com as novas restrições americanas sobre a venda de software de design de chips e planos para começar a revogar vistos para estudantes chineses.

“Não deve mais haver dúvidas sobre a complexidade dos produtos de terras raras”, escreveu Trump na rede social Truth Social. “Nossas respectivas equipes se reunirão em breve em um local a ser determinado.”

Com a troca de acusações ameaçando o entendimento, a esperança é de que, com a ligação, uma nova trégua esteja no horizonte. A notícia sobre a conversa veio a público às 10h (horário de Brasília), e a repercussão foi imediata nos mercados. O dólar aprofundou a queda no Brasil e em outros mercados emergentes, como África do Sul e Chile, e o índice DXY, que o compara a uma cesta de seis moedas fortes, foi às mínimas do dia.

O recuo contra as divisas fortes também foi embalado pela decisão de juros do BCE (Banco Central Europeu) nesta quinta. A autoridade europeia optou por um novo corte de 0,25 ponto percentual na taxa, agora em 2% ao ano, e sugeriu uma pausa no ciclo de afrouxamento.

“Com o corte de hoje e o nível atual das taxas de juros, acho que estamos chegando ao fim de um ciclo de política monetária que estava respondendo a choques compostos, incluindo a Covid-19, a guerra ilegítima na Ucrânia e a crise energética”, disse a presidente do BCE, Christine Lagarde.

Essa sinalização favoreceu o desempenho do euro globalmente, pontua Leonel Mattos, analista de inteligência de mercado da StoneX, o que ajudou a enfraquecer a divisa americana.

 

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