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Economia Dólar cai pelo quarto dia consecutivo e fecha em 5 reais e 13 centavos, menor valor desde 2 de fevereiro

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Dólar em queda descortina oportunidade para investidor. (Foto: Divulgação)

Com trocas de sinal pela manhã e alta bem pontual e limitada ao longo da tarde, o dólar conseguiu emendar nesta quarta-feira (29) o quarto pregão seguido de queda no mercado doméstico de câmbio, período em que acumulou desvalorização de 2,92%. No fim do dia, com aceleração dos ganhos do Ibovespa, que subiu 0,60% e chegou em 101.792 pontos, o dólar acelerou a baixa e, após registrar mínima a R$ 5,1268 (-0,68%), terminou o dia com recuo de 0,57%, cotado a R$ 5,1353 – menor valor de fechamento desde 2 de fevereiro (R$ 5,0454).

Segundo operadores, investidores operaram em compasso de espera pela divulgação do novo arcabouço fiscal, assimilando sinais vindos de Brasília ao longo do dia sobre as características e objetivos da regra. Lá fora, embora tenha subido em relação a moedas fortes, o dólar caiu na comparação com divisas latino-americanas pares do real, como peso mexicano e chileno. Esse grupo de moedas, que havia sofrido mais que outras divisas emergentes durante a onda de aversão ao risco provocada pela crise bancária nos EUA e na Europa, agora se recupera com diminuição das tensões no setor financeiro e a alta de commodities metálicas diante de otimismo com a economia chinesa.

Analistas observam que a perspectiva de manutenção da taxa Selic em 13,75% por mais tempo, após a divulgação da ata do Copom na terça-feira, torna o real atrativo como moeda de carregamento e desestimula manutenção de posições em dólar. Nos EUA, cresce a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) possa interromper o aperto monetário. Ferramenta de monitoramento CME mostra que as apostas em manutenção dos Fed Funds na faixa entre 4,75% e 5,00 em maio superaram 60%.

“O mercado ainda aguarda a apresentação do novo arcabouço fiscal. Se for crível, o dólar pode até buscar os R$ 5,00 no médio prazo, ainda mais depois da sinalização do BC de que não pensa ainda em reduzir os juros”, afirma o analista de câmbio da corretora Ourominas Elson Gusmão.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acompanhando de integrantes da equipe econômica, foi ao encontro com Lula nesta quarta à tarde na expectativa de bater o martelo sobre o novo arcabouço fiscal. Participam da reunião, além da equipe econômica, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR) e os líderes do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e na Câmara, José Guimarães (PT-CE).

Nesta quinta-feira, o ministro se reúne com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que acredita no anuncio da nova regra fiscal até sexta-feira.

“O dia foi de muitos boatos sobre o arcabouço, o que provocou mais volatilidade na bolsa e nos juros. O real se sustenta porque, no fim das contas, os sinais são de que juros vão continuar altos. Parece que teremos um modelo de fiscal mais frouxo e monetário apertado”, afirma o CIO da Alphatree Capital, Rodrigo Jolig, que vê o investidor estrangeiro ainda sem grande apetite por ativos locais.

À tarde, o Banco Central informou que o fluxo cambial total foi positivo em US$ 688 milhões na semana passada (de 20 a 24 de março), graças à entrada de US$ 1,357 bilhão pelo comércio exterior, uma vez que houve saída líquida de US$ 668 milhões no canal financeiro. Em março (até dia 24), o saldo é positivo em US$ 6,009 bilhões, apesar de resultado negativo de US$ 366 milhões do lado financeiro.

Ibovespa

“O mercado de juros ficou bastante nervoso ao longo do dia, com a expectativa para o anúncio do arcabouço fiscal, e também com a confirmação à tarde, pelo Confaz, de aumento da alíquota de ICMS a partir de julho para os combustíveis, o que terá impacto não desprezível para a gasolina nas bombas, equivalente a 10% do preço, com a mudança da alíquota, e meio ponto a mais para o IPCA. Boa parte do mercado não esperava um impacto desse, o que resultou em pressão nos juros, com elevação das projeções para o IPCA”, diz Luciano Costa, economista-chefe e sócio da Monte Bravo Investimentos.

Após passar boa parte da tarde em renovação de mínimas da sessão, acompanhando a pressão vista na curva de juros, o Ibovespa se reaproximou aos poucos e ao fim retomou o sinal positivo na sessão, com o suporte proporcionado desde mais cedo por Vale (ON +1,44%), favorecida pela alta do minério de ferro na China (+1,54% em Dalian), e também por Petrobras, que oscilou para o positivo rumo ao fim da sessão (ON +1,06%, PN +1,31%), mesmo com o sinal negativo do petróleo nesta quarta-feira.

O Conselho de Administração da Petrobras decidiu, em reunião nesta quarta, que as vendas de ativos com contratos já assinados à espera do fechamento serão respeitadas e mantidas, apurou o Broadcast, em notícia confirmada depois pela própria estatal. A decisão vai em linha com o que o presidente da empresa, Jean Paul Prates, havia dito na semana passada, em evento no Rio.

“A Bolsa começou a sessão de forma positiva, com a expectativa de que o arcabouço fiscal pudesse ser anunciado ainda hoje. Com o passar do dia, o mercado foi se deteriorando, especialmente no período da tarde, com notícia negativa para a taxa de juros, a decisão do Confaz sobre a alíquota de combustíveis, com efeito para a inflação do ano. O DI abriu, afetando em especial ações de setores como os de construção civil e consumo discricionário, mais dependentes de crédito para vender [seus produtos]”, diz Luiz Adriano Martinez, sócio e gestor de renda variável da Kilima Asset. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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