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Por Redação O Sul | 6 de agosto de 2015
O dólar fechou nessa quarta-feira cotado a 3,49 reais, o maior patamar em 12 anos, afetado pelo agravamento das tensões entre governo e Congresso. Dados piores do que o esperado de emprego no setor privado dos Estados Unidos ajudaram a conter uma alta maior da moeda norte-americana.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou com alta de 0,41% para 3,49 reais. É o maior nível desde 10 de março de 2003, quando a divisa encerrou a 3,52 reais – 5,40 reais corrigidos pela inflação. O dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, terminou o dia com avanço de 0,72%, para 3,49 reais. Foi o mesmo nível de 11 de março de 2003. Aplicada a inflação, a cotação na data equivaleria hoje a 5,39 reais
O Ibovespa (principal índice da Bolsa de Valores do Estado de São Paulo) subiu 0,46%, para 50.287 pontos, com a ajuda das ações da Vale. O embate entre Congresso e governo voltou a influenciar o mercado financeiro. Na terça-feira, a Câmara dos Deputados votou o primeiro item da chamada pauta-bomba. Trata-se da PEC (proposta de emenda à Constituição) 443, que equipara salários da AGU (Advocacia-Geral da União) e de delegados aos do Judiciário. A proposição cria custos extras para a União e também para Estados e municípios.
O economista da Guide Investimentos Ignácio Rey afirmou que a política voltou a se sobrepor ao noticiário externo. “O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, tem sinalizado que dificultará a vida do governo e adotou medidas como a que deixa o PT fora da CPI que ele instaurou”, observou o especialista. Além disso, o líder do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), indicou que barrará o projeto da revisão da desoneração da folha de pagamento, alegando que a taxa de desemprego subiria. (Folhapress)