Sábado, 18 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de agosto de 2015
O dólar fechou em alta na segunda-feira, chegando a 3,68 reais e renovando as máximas desde o fim de 2002, pressionado por preocupações com a situação fiscal do Brasil e temores de que o País possa perder seu selo de bom pagador com projeção de déficit primário no Orçamento de 2016, mesmo após o BC (Banco Central) reforçar sua intervenção no câmbio. No fim do dia, a moeda norte-americana avançou 1,17%, a 3,6271 reais. O valor é o maior desde fevereiro de 2003.
Em agosto, a moeda subiu 5,91%. No ano, o dólar acumula alta de 36,42%. Os movimentos locais também vinham em linha com os mercados externos, que sofriam o efeito de novo tombo da bolsa chinesa, acentuados também pela briga pela formação da Ptax de agosto.
A taxa, calculada pelo BC, serve de referência para diversos contratos cambiais e operadores costumam disputar para deslocá-la a patamares mais favoráveis para suas operações.
“Não há nada de animador, nada de boas notícias”, afirmou o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca. “Desde que me entendo por gente, este está sendo um dos piores momentos para o mercado financeiro”, disse o analista.
A apreensão com o cenário local somou-se à pressão vinda dos mercados externos, onde o dólar fortalecia em relação às principais moedas emergentes diante de preocupações com a desaceleração da economia chinesa, e levava a moeda norte-americana a saltar em relação ao real mesmo diante da intervenção do BC.