Economia Dólar fecha em alta após mercado reduzir projeções do PIB brasileiro e da inflação
Por Redação O Sul | 26 de dezembro de 2022
O dólar fechou em alta nessa segunda-feira (26), em pregão de liquidez reduzida por conta do feriado prolongado de Natal, que deixou os mercados dos Estados Unidos e da Europa fechados. A moeda norte-americana subiu 0,84%, cotada a R$ 5,2089.
Na última sexta (23), teve baixa de 0,39%, cotada a R$ 5,1655. Com o resultado mais recente, a divisa passou a acumular alta de 0,14% no mês. No ano, no entanto, ainda acumula uma queda de 6,56%.
Mercados
No cenário local, o mercado financeiro baixou suas previsões da inflação e do PIB para 2022. De acordo com os analistas de mercado ouvidos, a inflação neste ano será de 5,64%. No boletim da semana anterior, essa previsão era de 5,76%.
Para o PIB (somatório das riquezas produzidas no país) , a previsão atual é de crescimento de 3,04%. Na semana anterior era de 3,05%.
O comportamento das expectativas inflacionárias, agora, deve ser uma das variáveis a atrair atenção dos investidores, já que irá guiar a percepção do mercado sobre o rumo dos juros, especialmente após a aprovação, na semana passada, da PEC da Transição.
“Apesar de avaliarmos as mudanças na PEC como positivas, o impacto fiscal ainda é bastante elevado. Ademais, acreditamos que o aumento de despesas — majoritariamente obrigatórias — será permanente e, nesse sentido, não vemos efeito econômico significativo da alteração do prazo de vigência da emenda constitucional de dois anos para um ano”, apontam os analistas da XP em relatório enviado a clientes.
Com grande parte da equipe econômica já revelada pelo governo eleito, o foco recai, agora, sobre quem comandará o Ministério do Planejamento. Até agora, Lula já anunciou os nomes de 21 de seus ministros. Ainda faltam 16 para completar a equipe.
O mercado doméstico ainda teve liquidez reduzida com os mercados europeus e americanos fechados por conta do feriado prolongado de Natal.
No cenário externo, os olhos do mercado seguem atentos ao aumento dos casos de covid na China, que afeta a atividade econômica e piora o sentimento dos investidores.
No país asiático, as autoridades esperam um pico de infecções pelo coronavírus dentro de uma semana e preveem uma pressão extra sobre o sistema de saúde do país. Ainda assim, a expectativa é que o gigante continue a afrouxar as exigências de isolamento.
Segundo informou a Comissão Nacional de Saúde chinesa nessa segunda, por exemplo, o país deixará de exigir quarentena para viajantes que chegarem ao país a partir de 8 de janeiro. além disso, a gestão da covid na China também será rebaixada da categoria A para B, menos rigorosa.
“Conforme a China avança para a reabertura, as atividades econômicas desaceleraram significativamente em meio a surtos nacionais, e isso pesa no sentimento dos investidores”, disseram analistas da Morgan Stanley em uma nota.
