Quinta-feira, 05 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 3 de junho de 2025
O dólar encerrou a sessão dessa terça-feira (3) em queda de 0,70%, cotado a R$ 5,6352. Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, encerrou em alta de 0,56%, aos 137.546 pontos. No Brasil, as atenções ficaram voltadas para os impasses em relação ao aumento do Imposto sobre Operação Financeira (IOF).
A equipe econômica do governo tem sofrido pressões do Congresso para derrubar a medida. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nessa terça-feira (3) que apresentou uma proposta para o Imposto sobre Operação Financeira (IOF) aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
A medida, no entanto, só será apresentada ao público na semana que vem, após ser compartilhada com líderes do Congresso, segundo Haddad. Até lá, a alta do IOF continua.
O ministro se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com Alcolumbre e Motta. O governo anunciou há 15 dias a alta no IOF para aumentar a arrecadação e atingir a meta fiscal do ano, mas isso repercutiu mal no Congresso.
Desde então, o governo tem buscado costurar uma alternativa. “Hugo Motta deu 10 dias para apresentar uma resposta. Nós apresentamos uma resposta, na presença do presidente da República. Mas, ainda é preciso apresentar para os líderes”, contou Haddad.
Ele justificou que o governo precisa dos votos do Congresso. Havia um risco de que o decreto presidencial do IOF fosse derrubado por Câmara e Senado.
“Nós estamos tendo esse cuidado todo porque dependemos dos votos do Congresso Nacional, O Congresso precisa estar convencido que é o caminho mais consistente, do ponto de vista da política macroeconômica”, continuou Haddad.
Mais cedo, em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto, o presidente Lula afirmou que a equipe econômica não errou ao anunciar a alta do imposto.
No exterior, a política comercial dos Estados Unidos voltou a ficar no foco, após a Casa Branca indicar que o presidente Donald Trump vai assinar um decreto ainda nesta terça-feira para oficializar sua promessa de dobrar as tarifas sobre aço e alumínio.
Também ficou no radar a redução na projeção de crescimento econômico global, feita pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A revisão foi motivada pelas tensões comerciais e pela incerteza gerada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Após uma alta de 3,3% em 2024, a OCDE prevê uma desaceleração para 2,9% em 2025 e 2026, com impacto mais forte nos EUA, Canadá e México.
Dólar
– Acumulado da semana: -1,45%;
– Acumulado do mês: -1,45%;
– Acumulado do ano: -8,81%.
Ibovespa
– Acumulado da semana: +0,38%;
– Acumulado do mês: +0,38%;
– Acumulado do ano: +14,35%.