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Economia No Brasil, dólar sobe 0,51%, cotado a 5 reais e 43 centavos, após inflação surpreender nos Estados Unidos

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Mudança de leitura em relação à inflação e ao aperto monetário melhora perspectiva de investidores em todo o mundo. (Foto: EBC)

O real voltou a se depreciar na sessão desta quinta-feira (14), em meio a uma corrida global à moeda americana que pune tanto divisas fortes quanto emergentes. Índice de inflação ao produtor (PPI) nos Estados Unidos em junho acima do esperado reforçou as apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) será mais agressivo na condução da política monetária – o que aumenta as chances de recessão e deprime preços das commodities, já abalados pela incerteza quanto à economia chinesa.

Desde a última quarta (13), o mercado flerta seriamente com a possibilidade de alta de 100 pontos-base da taxa básica americana em julho, aposta que chegou a ser majoritária em certos momentos do dia, conforme monitoramento do CME.

Já há quem veja necessidade de os Fed Funds – na faixa entre 1,50% e 1,75% – ultrapassarem os 4% para que a inflação nos EUA rume à meta de 2%. Dirigente do Fed com direitos a voto nas decisões de política monetária, Christopher Waller disse que apoia novo aumento da taxa básica em 75 pontos-base, mas que não descarta uma elevação de 100 pontos neste mês (dia 27). Mais conservador dos dirigentes do Fed, o presidente da distrital de St. Louis, James Bullard, disse que vai defender alta da taxa em 75 pontos-base na reunião do dia 27, ajudando a esfriar as apostas do mercado em 100 pontos-base.

Nos momentos de maior estresse pela manhã, o dólar chegou a flertar com o teto de R$ 5,50, ao correr até a máxima de R$ 5,4904 (+1,56). Com uma diminuição do mau humor lá fora ao longo da tarde e ajustes intraday, a divisa perdeu fôlego e, após rodar entre R$ 5,42 e R$ 5,43, fechou em alta de 0,51%, a R$ 5,4333, nos maiores níveis desde fins de janeiro. Com isso, a moeda já acumula alta de 3,14% no mês, após ter encerrado junho com ganhos de 10,15%.

Lá fora, o índice DXY – referência do desempenho do dólar frente a seis divisas fortes, com peso maior do euro e do iene – chegou superar os 109 mil pontos e, quando o mercado local fechou, orbitava os 108.600 pontos. O euro voltou a trabalhar pontualmente abaixo da paridade com o dólar.

A perspectiva é que o Banco Central Europeu seja mais comedido na alta de juros, dado o agravamento do risco de recessão pelo choque de energia. A Comissão Europeia anunciou redução das previsões de crescimento e alta relevantes das estimativas de inflação. Já o iene, punido pela política monetária extremamente frouxa do Banco do Japão, desceu ao menor valor frente ao dólar em 24 anos.

As divisas emergentes e de países exportadores de commodities recuaram em bloco, com o peso chileno liderando as perdas (ao redor de 4%), seguido pelo rand sul-africano. Os contratos futuros do cobre, que costuma refletir expectativas para o crescimento, caíram mais de 3%. O petróleo tipo Brent para setembro, referência para a Petrobras, encerrou a sessão novamente abaixo de US$ 100 o barril. O minério de ferro negociado em Qingdao, na China, caiu 7,91%, fechou perto do limiar dos US$ 100, no menor nível desde novembro de 2021.

“A expectativa era que a inflação nos Estados Unidos atingisse o pico em março e abril. Mas os índices aceleraram muito em junho e mostram pressão maior do que o esperado”, afirma o economista-chefe da JF Trust, Eduardo Velho, ressaltando que, em tal cenário, uma repetição da alta de 75 pontos na taxa básica americana não terá tanto efeito para conter a escalada de preços. “O Fed tem que levar os Fed Funds para 3,5% ou até 4% de forma mais rápida. É um cenário de dólar mais forte do mundo e menos fluxos para emergentes.”

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